O primeiro caso de varíola dos macacos em uma grávida, desde o início do surto, foi confirmado pelos especialistas. A mulher, que não foi identificada, mora nos Estados Unidos e a notificação foi feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) neste fim de semana. O médico John Brooks, chefe do Departamento de Prevenção de HIV da agência norte-americana, afirmou que o bebê não pegou a doença da mãe. Após o parto, a criança e a mulher passam bem.
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Primeiro caso de grávida com varíola dos macacos é registrado nos Estados Unidos (Foto: Freepik)
Gestantes são um dos grupos de maior risco para complicações da doença, junto com imunossuprimidos e crianças. Isso porque o sistema imunológico do organismo pode ficar comprometido durante a gravidez.
"Sabemos que a transmissão pode acontecer por meio das trocas placentárias. Neste caso, notificado agora, aparentemente, o vírus não foi transmitido", disse Brooks. Segundo a Sociedade de Doenças Infecciosas da América, o recém-nascido já recebeu uma dose de imunoglobulina, tratamento com anticorpos aprovado por médicos dos Estados Unidos durante o surto de varíola.
Com o número de casos aumentando e se espalhando pelo mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde global no último sábado (23). Segundo a agência, são mais de 16 mil casos notificados em 75 países diferentes, incluindo o Brasil.
Nos Estados Unidos, são cerca de 3.591 infecções, com Nova York sendo a mais atingida. Por lá, 900 casos foram detectados. No Brasil, em menos de dois meses do primeiro caso registrado, são 813, sendo 595 no estado de São Paulo.
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