O assassinato brutal de um jovem refugiado congolês no Rio de Janeiro como expressão do racismo e xenofobia brasileiros #VoicesFromSocialMedia - RioOnWatch

2022-04-22 17:56:46 By : Mr. Frank niu

Clique aqui para PortuguêsSeja anônimo, seja de ativistas, jogadores de futebol ou artistas, o sentimento que ecoa nas ruas e nas plataformas digitais é um só: #JusticeForMoïse.O assassinato do jovem refugiado congolês em seu local de trabalho, o Quiosque Tropicália, em plena luz do dia na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, causou imensa indignação e consternação.A hashtag foi uma das mais comuns nas redes sociais no Brasil nas últimas semanas.Em 24 de janeiro, Moïse Mugenyi Kabagambe, 24, foi imobilizado e espancado até a morte no quiosque onde trabalhava, o Tropicália, no Posto 8 da Barra da Tijuca. Os homens que assassinaram Kabagambe são Alesson Cristiano de Oliveira Fonseca, também conhecido como “ Dezenove”;Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como “Totta”;e Fábio Pirineus da Silva, conhecido como “Belo”.Os três homens também trabalhavam no entorno: dois nas arquibancadas da Barra e o outro, Totta, lutador de Jiu-jitsu, como cozinheiro no quiosque ao lado da Tropicália, o Biruta.Conforme relatado por sua família, Kabagambe foi assassinado depois de ter ido cobrar salários atrasados.O total foi de dois dias trabalhados no Quiosque Tropicália: R$ 200 (US$ 38).O dono do quiosque Carlos Fábio da Silva prestou depoimento à Polícia Civil em 1º de fevereiro, negando que devesse dinheiro a Kabagambe, mas confirmando que o jovem às vezes trabalhava como diarista na Tropicália.Este caso é mais um que desnuda a violência pela qual o Brasil foi construído e consolidado: racismo, xenofobia, exploração de trabalhadores e precariedade no emprego.Os socos e pancadas que mataram Kabagambe foram a intersecção de tudo isso.Um usuário anônimo no Twitter expressou sua indignação:Justiça por Moïse Kamgabe, mais um jovem preto morto brutalmente em um país que replica os mesmos comportamentos vai desumanos e depois de seus atoscravistas do passado, o país onde o preto trabalhadora de seus direitos como trabalhadores e não volta para casa.#justicaparaMoise #MoiseKabamgabe pic.twitter.com/z12RQ68Ud7— kah • 📖: lendários (@kah_gms_) 1 de fevereiro de 2022Inscrição em desenho animado: “O Brasil é uma mãe que abraça a todos” |Tweet: Justiça para Moïse Kabamgabe, mais um jovem negro assassinado brutalmente em um país que replica os mesmos comportamentos desumanos e escravizadores do passado, um país onde um negro sai para reivindicar seus direitos como trabalhador e não volta para casa.O jornalista Jairo Gonçalves questionou o papel da raça no assassinato de Moïse.O mesmo aconteceria com um homem branco?\Alguém imagina isso com uma pessoa?Teve as pernas e mãos amarradas e foi espancado até a morte.Racismo nunca deve ser relativizado.NUNCA!#JusticaparaMoise https://t.co/Fxrjgmqs0A— Jairo Gonçalves 🌟 (@jairoo) 30 de janeiro de 2022Alguém pode imaginar isso acontecendo com uma pessoa branca?Ele teve as pernas e as mãos amarradas e foi espancado até a morte.O racismo nunca deve ser relativizado.NUNCA!A República Democrática do Congo, ou RDC, é o quarto maior país africano em população e possui inúmeras riquezas naturais, sendo os minerais os mais conhecidos.Desde a colonização pela Bélgica (1885-1960), a diversidade de metais como ouro, ferro, urânio e cobalto têm atraído o interesse de potências globais.Ao longo da história do país, esses interesses geraram uma série de conflitos armados que marcaram o mundo.O país foi palco dos maiores conflitos do continente, a Primeira Guerra do Congo (1996-1997) e a Segunda Guerra do Congo (1998-2003).Este último matou aproximadamente 3,8 milhões de pessoas e foi a maior guerra da história moderna da África, o conflito armado com o maior número de mortos desde a Segunda Guerra Mundial.Por esse motivo, também é chamada de Guerra Mundial Africana.Embora tenha terminado oficialmente em 2003, a República Democrática do Congo continua a ter conflitos armados em algumas províncias a leste.Em 2020, segundo a ONU, ocorreram mais de 600 violações de direitos humanos por mês, com pelo menos 200 execuções.Isso forçou milhões de famílias a buscar refúgio em outras nações como forma de escapar dos horrores da guerra.Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), existem mais de 918 mil refugiados e requerentes de asilo da RDC em outros países africanos.Juntos, o ACNUR, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Pares Cáritas-RJ (organização de assistência a refugiados com sede no Rio) divulgaram um comunicado de pesar pelo assassinato de Kabagambe.No comunicado, as entidades afirmam que “receberam, com grande consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, 24 anos, brutalmente espancado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro”.Em outra seção do texto, as entidades declararam que o congolês “era amado por toda a equipe do Pares Cáritas RJ, que o viu crescer e se integrar”.As equipes do ACNUR, @parescaritasrj e da @OIMBrasil receberam, com consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, brutalmente espancado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.Mais informações: 👉 https://t.co/WAyWd4Fsqy pic.twitter.com/i2NXT8ca7I— ACNUR, Agência da ONU para Refugiados (@ACNURBrasil) 31 de janeiro de 2022Moïse Kabagambe, cidadão congolês, tentou fugir da dura realidade de seu país refugiando-se no Brasil.O que ele e sua família não esperavam era que a realidade também seria muito difícil para eles aqui.Não imaginavam que ele pudesse se tornar vítima da violência colonial racista em solo brasileiro.Você vem para um país em busca de refúgio da guerra, mas acaba encontrando mais violência.Quatrocentos anos após a escravização e as narrativas se repetem.A pergunta é: até quando?#justicaparaMoise pic.twitter.com/Ai8vWxn8F4Você chega a um país em busca de refúgio da guerra, mas acaba encontrando mais violência.Quatrocentos anos após a escravização e as narrativas continuam se repetindo.A questão é: por quanto tempo?A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) atua na República Democrática do Congo desde 1981. No dia em que o caso de Kabagambe veio à tona, a entidade fez uma série de postagens no Instagram sobre a realidade do país e dos refugiados congoleses , com o objetivo de conscientizar sobre as condições que resultaram no refúgio de Kabagambe e de milhões de congoleses ao redor do mundo.Uma compartilhada por Médicos Sem Fronteiras (@msf_brasil)Abalada por conflitos armados, a República Democrática do Congo tem sofrido décadas de sucessivas crises múltiplas.Este ciclo vicioso de violência leva a um número crescente de mortos e feridos e pessoas forçadas a fugir em busca de sobrevivência.No contexto do assassinato de Moïse Kabagambe, viralizou uma reportagem do jornalista Caio Barretto, em que ele conta que conheceu Kabagambe quando fez uma reportagem sobre a vida dos congoleses no Rio.Nesta ocasião, aproximou-se de um amigo de Kabagambe, Chadrac, e posteriormente de outros que faziam parte desse grupo de amigos.Barretto revelou que, apesar de terem uma excelente formação, estavam constantemente subempregados.Primeiro tweet: conheci um economista congolês que falava francês, lingala, português e inglês.Ele sonhava em ser contratado como tradutor durante os Jogos Rio2016, mas só conseguiu uma vaga como voluntário.Um gerente tornou-se um zelador.Chadrac, que é formado em hotelaria, carregava pedras em troca de R$ 60 por dia.Segundo tweet: a coordenadora da Cáritas RJ, Aline Thuller, me disse na época que os empresários cariocas preferiam contratar imigrantes brancos, como os sírios.Os congoleses, angolanos e haitianos eram procurados apenas para trabalhos físicos – como carregar pedras e descarregar caminhões cheios de pedregulhos, como no caso de Chadrac.Em outro tweet deste tópico, Barretto aponta as falhas dos recentes governos de centro-esquerda e extrema-direita na criação de políticas públicas que ajudem esses imigrantes e refugiados negros e não brancos.Ele aponta o racismo estrutural como responsável por essa situação.A situação congoleses, angolanos e haitianos no Brasil é terrível e atravessada dos governos e extrema-direita de forma surpreendentemente parecida.O arranjo estrutural avanços profundos.Eles têm como nossas lágrimas, mas só podem contar com eles mesmos.— Caio Barretto Briso (@caio_) 1 de fevereiro de 2022Primeiro tweet: Luta fugiu para o Brasil com sua esposa grávida.Ele sonhava em ser jogador de futebol no país, mas acabou no subemprego.Uma vez, liguei para ele para saber como eles estavam: Vencedor havia morrido.Segundo o pai, por desnutrição, já que tudo que a família tinha para comer era “fufu” (fubá em lingala).Segundo tweet: A situação dos congoleses, angolanos e haitianos no Brasil é terrível e atravessa governos de centro-esquerda e extrema-direita de maneira surpreendentemente semelhante.O racismo estrutural impede o progresso real.Eles têm nossas lágrimas, mas tudo o que podem realmente contar é um com o outro.De luto pelo assassinato de Kabagambe, o historiador Luiz Antônio Simas observou a significativa relação histórica que Rio de Janeiro e Congo compartilham.Ele destacou que uma das maiores heranças culturais do Rio e do Brasil é herança do Congo: o samba.O Congo civilizou o Rio de Janeiro.O melhor que existe nessa cidade terrível e bela, filha da morte da chibata, Congo do Congo: samba.Caguem no mito de merda do carioquismo.chance do Rio é se reconhecer como um monumento do horror.E aí, quem sabe, o Congo nos redima.— LUIZ ANTONIO SIMAS (@simas_luiz) 1 de fevereiro de 2022O Congo civilizou o Rio de Janeiro.O melhor dessa terrível e bela cidade, filha da morte e do chicote, veio do Congo: o samba.Isso mexe com o mito de todos serem cariocas.A chance do Rio é ser reconhecida como a capital do horror.E então, quem sabe, o Congo pode nos redimir.A resposta de ativistas e movimentos antirracistas também ecoou nas redes sociais.Em suas plataformas, Raull Santiago, organizador de mídia da Perifa Connection, pediu perdão ao povo congolês.Eu perdão e desejo os meus mais sinceros sentimentos ao povo da República Dominicana do Congo, que teve um de seus assassinados de forma covarde em meu país, onde veio em busca dos melhores filhos diante da guerra e da fome no Congo!😣#JusticaPorMoiseMugenyi (+)— #JustiçaParaMoise |Santiago, Raul.(@raullsantiago) 1 de fevereiro de 2022Peço perdão e ofereço minhas mais profundas condolências ao povo da República Democrática do Congo, que teve um de seus filhos tão covardemente assassinado em meu país, onde veio em busca de dias melhores diante da guerra e da fome no Congo!Em 2 de fevereiro, a Coalizão Negra pelos Direitos apresentou uma denúncia sobre o crime contra Moïse Kabagambe junto ao Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD).O documento apontava os crimes de racismo e xenofobia contra Kabagambe.Uma compartilhada por Douglas Belchior (publicação@negrobelchior)Post original: “Ou a ONU se posiciona ou será cúmplice.O mundo precisa saber que o Brasil é um país racista onde, em 2022, ainda é possível amarrar um negro pelas mãos e pelos pés, espancá-lo e espancá-lo até a morte”, diz Belchior à coluna.Há evidências de que membros da milícia foram responsáveis ​​pelo assassinato brutal de Moïse.A mesma milícia que assassinou Marielle Franco.A mesma milícia que ocupa o poder central do país e comanda a política de genocídio do povo negro brasileiro.”Segundo post: Indignação, indignação, tristeza e ódio.Como podemos não senti-los?Até quando teremos que conviver com o cheiro da morte e com as manchas de sangue de nossos irmãos e irmãs, de nossos amigos, de nossos filhos.Ontem, organizações da sociedade civil, organizações de familiares de encarcerados e o movimento negro levaram denúncias sobre as absurdas violações de direitos de pessoas presas ao Subcomitê de Prevenção à Tortura da ONU.Em um país onde permitimos que torturas e assassinatos brutais aconteçam em nossas ruas em plena luz do dia, imagine o que acontece dentro das prisões!Lutaremos até o fim.Artistas também reagiram ao crime nas redes sociais.Cantores, escritores, atletas e celebridades ficaram consternados com o que aconteceu.A cantora Ludmilla falou citando a famosa canção de Elza Soares em seu tweet sobre Kabagambe.Moïse Kabamgabe, um imigrante congolês buscando refúgio e para tentar uma vida digna, foi amarrado, espancado e cobrar em seu local de trabalho apenas por seu salário morto atrasado.Mais uma vez a carne mais barata do mercado é a carne negra.#justicaparaMoise pic.twitter.com/YXE99pO2S1— LUDMILLA 🤙🏾 (@Ludmilla) 1º de fevereiro de 2022Moïse Kabagambe, imigrante congolês que veio ao Brasil em busca de refúgio e uma vida digna foi amarrado, espancado e morto em seu local de trabalho simplesmente por pedir o pagamento de seus salários atrasados.Mais uma vez, a carne mais barata do mercado é a carne preta.A cantora e compositora de samba Teresa Cristina questionou as autoridades sobre o que está sendo feito para solucionar o caso e perguntou “Quem matou Moïse Kabagambe?”QUEM MATOU MOISE KABAGAMBE?QUAL O NOME DESSE ASSASSINO?O QUE OS GOVERNOS (MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL) ESTÃO FAZENDO PARA SOLUCIONAR ESSE CRIME E AMPARAR A ESSA FAMÍLIA?#justicaparaMoise pic.twitter.com/M0H0CzSY3mQuem matou Moïse Kabagambe?Qual é o nome desse assassino?O que o governo (municipal, estadual e federal) está fazendo para solucionar esse crime e sustentar essa família?Caetano Veloso, um dos ícones do movimento musical Tropicália dos anos 1960, usou suas redes sociais para lamentar o assassinato.O cantor disse que chorou pensando na violência feita ao jovem refugiado e no fato de o quiosque onde ocorreu o crime ter os nomes de seu movimento histórico.Chorei hoje lendo sobre o assassinato de Moïse Mujenyi Kabagambe num quiosque na Barra da Tijuca.Que o nome do Quiosque seja Tropicália aprofunda, para mim, a constatação de que um refugiado da violência encontra violência no Brasil.pic.twitter.com/eKIHmYM0xjTexto na foto: Racismo e xenofobia.Prefeitura do Rio de Janeiro suspende licença do quiosque onde foi assassinado o congolês Moïse Kabagambe.|Tweet: Hoje chorei lendo sobre o assassinato de Moïse Mujenyi Kabagambe em um quiosque da Barra da Tijuca.O fato de o nome do quiosque ser Tropicália aprofunda, em mim, a dor de perceber que um refugiado da violência pode encontrar violência no Brasil.Moïse Kabagambe adorava futebol e era conhecido por ser torcedor do Flamengo.Por meio das redes sociais, o clube esportivo se solidarizou com a família e expressou solidariedade.O Clube de Regatas do Flamengo lamentavelmente a morte de Moïse Kabagambe e presta sua solidariedade à família do jovem congolês neste momento de total consternação.#CRF 🖤🙏🏿✊🏿O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento de Moïse Kabagambe e gostaria de prestar nossa solidariedade à família do jovem congolês neste momento de grande aflição.Um dos principais jogadores do Flamengo, o atleta Gabigol, afirmou que o Brasil não pode considerar fatos como esse normais e exigiu justiça.Esse não é o Rio aprendi a amar e que me recebeu de braços abertos!!!Queremos justiça, não podemos normalizar crimes como esse!!Que feito seja justiça a Moïse Mugenyi e toda sua família!!Estamos juntos de vocês!!!✊🏾✊🏿 #JusticaPorMoiseMugenyi pic.twitter.com/nAiVTwepaEEste não é o Rio que aprendi a amar e que me recebeu de braços abertos!!!Queremos justiça, não podemos normalizar crimes como esse!!Que a justiça seja feita para Moïse Mugenyi e toda a sua família!!Nós estamos com você!!A comoção sentida pelos jogadores ultrapassou as fronteiras nacionais e o atacante brasileiro Antony, que joga pelo Ajax, clube holandês, e pela seleção brasileira, também se manifestou nas redes sociais em memória de Kabagambe.Após o jogo de 1º de fevereiro entre Brasil e Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo, o jogador de futebol postou sua homenagem ao congolês.Pra você, Moïse!!Nossos pensamentos com vc e sua família!!✊🏿✊🏾 #JusticaPorMoiseMugenyi pic.twitter.com/LHtEsI5Bb6Para você, Moisés!!Nossos pensamentos estão com você e sua família!!Em resposta ao caso ocorrido no Quiosque Tropicália, os vereadores Tarcísio Motta e Tainá de Paula anunciaram medidas em suas redes sociais.Motta enviou ofício à Prefeitura e à concessionária Orla Rio, responsável pela administração dos quiosques à beira-mar na região, iniciando o processo de cassação da licença da Tropicália.Quiosque é concessão pública!Enviamos ofícios à Prefeitura e Orla Rio demandando processo administrativo p/ cassação do funcionamento do Quiosque Tropicália.São sepulturas os relatos de qa produção assinados no caso de Moise Kabagambe.Isso demanda apuração urgente!pic.twitter.com/Np12Zjy6GC— Tarcísio Motta (@MottaTarcisio) 31 de janeiro de 2022Quiosques são concessões públicas!Enviamos notificações à Prefeitura e à Orla Rio solicitando a instauração de processo para suspensão das atividades do Quiosque Tropicália.Os relatos de que a administração esteve envolvida no assassinato de Moïse Kabagambe são graves.Isso exige verificação urgente!A vereadora de Paula também enviou ofício à prefeitura, pedindo que a Prefeitura solicite à polícia que quebre o sigilo da investigação e garanta assistência à família.A Constituição Federal e o Código de Processo Penal a possibilidade de sigilo em caso público propõem, mas a repercussão desse pede a apuração: é recorrente que resulta da morte do racismo, mesmo que os casos não tenham solução.— Tainá de Paula (@tainadepaularj) 1º de fevereiro de 2022Primeiro tuíte: Ainda sobre o assassinato de Moïse: hoje enviamos notificação à Prefeitura solicitando que a polícia quebre o sigilo desta investigação e que a família receba a assistência necessária.Combater o racismo também significa responsabilizar aqueles que cometeram um crime tão brutal.Segundo tweet: A Constituição Federal e o Código de Processo Penal prevêem a possibilidade de sigilo em determinadas investigações.No entanto, a repercussão desse caso exige apuração pública dos fatos: é recorrente que casos de racismo, mesmo os que resultem em morte, fiquem sem solução.Em todo o país, as mobilizações nas mídias sociais exigindo justiça para Moïse Kabagambe giraram principalmente em torno de manifestações presenciais que já foram realizadas ou que ainda ocorrerão.O assassinato de Kabagambe foi tão brutal que, fora do Rio, inúmeras cidades realizaram atos de solidariedade.Em São Paulo, o protesto aconteceu no sábado, 5 de fevereiro, às 10h, no espaço autônomo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), e em cidades do interior do estado, como Araraquara, São José do Rio. Preto e Pindamonhangaba, onde as manifestações foram realizadas no mesmo dia e horário.No Rio Grande do Sul, um comício acontece hoje, 12 de fevereiro, na cidade de Santa Maria.Em Belo Horizonte, Minas Gerais, o ponto de encontro do dia 5 de fevereiro foi a Praça Sete, tradicional reduto de protestos na capital mineira.No Rio de Janeiro, cidade onde Moïse Mugenyi Kabagambe foi assassinado, o Protesto da Justiça para Moïse aconteceu no sábado, 5 de fevereiro, às 10h, em frente ao Quiosque Tropicália, no Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, onde o jovem perdeu o vida.A marcha foi convocada pela família de Kabagambe e por organizações do Movimento Negro.Sobre o autor: Euro Mascarenhas Filho é jornalista e colaborador do serviço de notícias do Centro de Comunicação Piratininga (NPC).É autor do podcast Antena Aberta.Boneca Blackk: a representação através de brinquedos empodera crianças negrasD'Versos Videocast: Street Art, uma cultura antirracista [VIDEO]Em maio de 2010, a Comunidades Catalisadoras lançou o que era originalmente Rio Olympics Neighborhood Watch (daí RioOnWatch), um programa para dar visibilidade às vozes da comunidade de favelas antes das Olimpíadas do Rio 2016.Este site de notícias, RioOnWatch.org, tornou-se uma referência única e muito necessária, apresentando as perspectivas das favelas sobre a transformação urbana do Rio.Com artigos diversos e profundamente interligados por uma mistura de repórteres comunitários, opiniões de moradores, repórteres solidários, observadores internacionais e pesquisadores acadêmicos, trabalhamos para gerar uma imagem mais precisa das favelas, suas contribuições para a cidade e o potencial das comunidades lideradas por favelas. desenvolvimento comunitário no Rio e no mundo.contact@rioonwatch.org WhatsApp +55.21.991.976.444 EUA VOIP +1.301.637.7360