Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Veja os destaques desta editoria
Até dia 25, os visitantes conferem as tendências para decoração e novidades no setor de flores
Dias mais quentes, coloridos e festivos estão chegando. Depois de dois anos sem celebração, por causa da pandemia, a Expoflora retorna a Holambra, em sua 39.ª edição. No espaço de 250 mil m², a primavera já começou: até dia 25, os visitantes conferem as tendências para decoração e novidades no setor de flores, além de conhecer as danças e comidas holandesas e, claro, comprar muitas plantinhas.
A maior parte das atrações pode ser vista em qualquer horário, exceto duas - que, não por acaso, são as mais concorridas: a parada das flores, às 16h, que encaminha o público até a chuva de pétalas, às 16h30.
Mais de 300 mil pétalas de rosa que caem do alto, com a promessa de que quem pegar uma delas antes que toquem o chão terá seu desejo realizado. É uma festa: nessa hora, vemos desde crianças até senhores se jogando para garantir a pétala da sorte e a foto para as redes sociais.
A edição marca a primeira festa depois da morte de Piet Schoenmaker, 'embaixador' da exposição. Por isso, durante a chuva de pétalas, Stand By Me, de Ben E. King, e uma faixa com a sua foto fazem uma homenagem ao holandês.
Para este ano, a expectativa é de que 240 mil pessoas compareçam ao evento, uma mensagem de esperança numa época de recuperação econômica do setor de flores e decoração. "A exposição consegue movimentar cerca de R$ 200 milhões, além de gerar emprego para 7 mil pessoas", conta Vera Longuini, membro da comissão organizadora do evento.
Com 15 mil habitantes e a cerca de 1h30 da capital paulista, Holambra concentra 70% do comércio de flores do País. Para conhecer um pouco desse cenário, este ano os visitantes terão acesso ao Magic Garden Holambra, um espaço instagramável com campos de girassóis. Custa R$ 40 e inclui um tour pela cidade. "Por enquanto, oferecemos uma versão pocket do que irá ser inaugurado ano que vem", diz o organizador Paulo Fernandes. "Vai funcionar como ponto final do roteiro da Expoflora."
Juntando as palavras Holanda, América e Brasil, a cidade de Holambra, a 125 quilômetros de São Paulo, é uma colônia neerlandesa que mantém muito da cultura do país na arquitetura, nas comidas e nas celebrações. A Expoflora, por exemplo, a maior exposição de flores da América Latina, leva em seu DNA o amor dos holandeses pela floricultura.
Considerada uma espécie de "Fashion Week das plantas", o evento traz tendências de decoração floral e novidades botânicas. E, enquanto explora os ambientes, o visitante pode se deliciar com as referências à cultura holandesa. "A Expoflora conta com 200 mil hastes e 75 mil vasos de flores. E além de poder se inspirar na decoração, você mergulha na cultura holandesa. O museu de Holambra, por exemplo, é integrado à exposição", indica Vera Longuini, membro da comissão organizadora do evento. Além disso, os visitantes podem se deliciar nas duas praças de alimentação com comidas típicas. O stroopwafel (R$ 4) é imperdível: trata-se de um biscoito feito de waffle e caramelo.
Para celebrar a cultura holandesa, um dos cinco palcos da Expoflora concentra as apresentações de danças folclóricas. Enquanto assiste ao show, é possível desfrutar de um eisbein, o tradicional joelho de porco (R$ 64,90, na Casa Bela). Para os vegetarianos, as pannekoek, um tipo de panqueca holandesa, é boa pedida (R$ 59 na Pannekoek Huis)
E claro, não poderiam faltar as compras no Shopping das Flores, com centenas de espécies à venda. É possível, por exemplo, encontrar vasinhos de suculentas a partir de R$ 3, além de folhas coloridas, como a Hypoestes por R$ 9,20. Entre as orquídeas, os preços também começam em R$ 9,20.
Além de visitar a Expoflora, dá para aproveitar para explorar um pouco mais da cidadezinha, aonde os primeiros imigrantes holandeses chegaram em 1948. Logo na entrada do estacionamento do evento está a primeira atração: o Moinho dos Povos Unidos. Uma cópia dos famosos moinhos holandeses, projetado por Jan Heijdra, com 38 metros de altura. Durante a festa das flores - e a entrada é gratuita - e você pode ver a cidade lá de cima.
A arquitetura dos Países Baixos, aliás, é algo bem presente em Holambra. Até mesmo bancos têm a fachada estilizada.
Outro ponto turístico interessante é o parque Van Gogh, que homenageia o artista holandês com réplicas de suas obras. O local conta com outras atrações, como parede de escalada, tirolesa e a melhor vista do Lago Holandês. A entrada é gratuita.
As sorveterias da cidade são uma atração a parte. Na cidade das flores, é claro que elas também fazem parte do cardápio. Na Dolce Flor, por exemplo, você pode provar sabores como rosa, hibisco e lavanda. Duas bolas custam R$ 39,99, com direito a calda e decoração.
Agora, se o objetivo é ficar no meio das flores, além do Magic Garden Holambra, que permite a entrada do visitante entre os girassóis, outros campos e estufas proporcionam visitas guiadas. O Bloemen Park (R$ 30) e a Macena Flores (R$ 30) são algumas opções de fazendas que abrem as portas para turistas.
Não há dúvidas sobre os benefícios das plantas para a saúde humana - tanto física quanto mental. As espécies podem melhorar a qualidade do ar ao aumentar a umidade e absorver as toxinas; além disso, ajudam a reduzir os níveis de barulho do ambiente. O contato próximo com as plantas favorece o aumento da produtividade e concentração e reduz os níveis de estresse, mas nem sempre é fácil lidar com elas.
"Uma das maiores preocupações dos clientes é ter um jardim fácil de cuidar", conta a paisagista Carla Dadazio. Por isso mesmo, houve um crescimento pela procura de cactos e suculentas - exatamente a proposta do seu ambiente Jardim Árido, um dos 18 espaços da mostra de paisagismo e decoração da ExpoFlora 2022.
Além das espécies já conhecidas, Carla traz o lançamento do ano em seu espaço: Anigozanthos, conhecido como pata-de-canguru. "É uma planta originária da Austrália que foi trazida para o Brasil há três anos. Nesse tempo, adaptaram a planta ao clima do Brasil e então fizemos o lançamento", explica a paisagista.
O breeder Ramm Botanicals foi o responsável pelo desenvolvimento da espécie - que dá flores em penugem e tem uma divisão irregular, com seis pequenas garras, de onde surgiu o apelido. "Ela vai muito bem com suculentas e cactos. Além de dar um toque colorido e delicado ao jardim", diz ele.
Outra novidade são as plantas Make-Upz, que passaram por um processo de tingimento à base de água e de composição orgânica. A ideia surgiu na Holanda há dez anos e, desde então, tem facilitado o desenvolvimento de novos produtos.
A preferência por plantas em vez de flores é uma tendência do mercado. "Na pandemia, as flores morreram muito, pela falta de eventos. Os produtores migraram para uma linha mais perene", diz Beto Natalicchio, engenheiro civil que assina o ambiente Renovação.
Nessa linha, as plantas desidratadas também ganharam destaque. "O tingimento de plantas desidratadas é ótimo para quem quer ter a presença de plantas em casa de uma maneira diferente e sem precisar cuidar", diz o designer de interiores Allan Oliveira, que assina o ambiente Terra.
Lá, a sustentabilidade dita a regra. Cipós foram usados como centro de mesa e bambus suspensos funcionam como divisória. "Eu trago muito as formas orgânicas e valorizo o 'faça você mesmo'", diz ele, citando como exemplo a luminária feita com balde, palha e lâmpada de filamento.
"Se não tiver espaço, dá para pendurar uma samambaia no ar; se não tiver tempo, invista em uma suculenta. No minuto que você puder parar para cuidar dela vai ser como parar o tempo, e isso ajuda muito ao longo do dia", incentiva.
A saúde mental é o grande destaque dos espaços, que trazem, em sua maioria, muito da filosofia oriental, com a valorização da natureza, pedregulhos e bonsais. (Estadão Conteúdo)