Com esse tipo de cultivo, não há mais desculpas para os moradores de apartamentos das grandes cidades não estarem perto da natureza (Foto: Unsplash / Altifarm Enverde / Creative Commons)
É fato que os vegetais gostam e precisam de claridade. Por isso, os locais mal iluminados soem até como um vilão a eles, já que em certas regiões do Brasil e do mundo o sol aparece muito pouco. Uma solução é combinar o uso das luzes de LED com as plantas em casa, fazendo com que elas não sintam tanto a diferença sem o calor natural.
A técnica pode ser útil para quem não tem um bom espaço para uma horta ou jardim no lado externo ou interno do lar. Conhecidas pela durabilidade e economia que geram, estas lâmpadas são recicláveis e, além de serem boas apostas para iluminar os ambientes, estimulam o desenvolvimento das plantas – que necessitam de diferentes intensidade luminosas, mesmo que o mínimo. “Existem as [espécies] de pleno sol, meia-sombra e sombra. Não estarão nunca em cavernas, por exemplo”, explica André Bailone, engenheiro agrônomo, pesquisador e paisagista da Vertigarden.
Isso acontece porque a luz solar é necessária para a realização da fotossíntese e o papel da iluminação artificial é imitá-la. Já que, normalmente, os vegetais recebem os raios em cores azul e vermelho, ao colocá-los expostos à uma luz de LED somente branca em casa, mesmo se for um que goste de sombra, o processo não será completo e benéfico, de acordo com Bailone. Sendo assim, para que haja a reprodução mais fiel possível do natural, ele aconselha: “O ideal é usar uma luz azul ou vermelha, mas dá para intercalar com as brancas”, amenizando o “susto” estético que pode causar no ambiente.
Na falta de luz solar, as luzes de LED são indicadas para a saúde das plantas (Foto: Unsplash / Altifarm Enverde / Creative Commons)
Uma das vantagens da luz de LED, motivo para muitas pessoas procurá-la também para decoração, é não esquentar, parecendo mais segura. Justamente por não liberar calor, não queima as folhagens. Segundo a paisagista Clariça Lima, independente de ser artificial, a luz é fator predominante até nos tons de verde: “Percebemos que a plantas de sombra têm folhas bem mais escuras. Solo, adaptação e iluminação interferem muito nos crescimentos”, diz.
Em média, de 8 a 12 horas por dia é o recomendado de luz artificial para vegetais, mas no caso de estarem fracos, precisarão de mais tempo de exposição. Já que, quando estão no sol, controlamos a posição dos vasos, com as luzes artificiais é possível monitorar também a intensidade dos que mais necessitam. A dica é instalar a lâmpada de LED até, em torno, de 30 cm de distância das plantas, certificando-se de que recebam o máximo de luz possível.