As pragas intensificam seu nível de dano às lavouras de inverno e se preparam para atacar as lavouras de verão em épocas de seca.Nesta reportagem, a situação da campanha contada pelo Infobicho.Segundo o especialista Maximiliano Spinollo, integrante do portal Infobicho, na atual campanha agrícola as capturas de adultos de lepidópteros noturnos em armadilhas luminosas continuam baixas a zero.Isso se deve principalmente às baixas temperaturas noturnas.Os poucos exemplares capturados nos últimos dias pertencem às espécies Lagarta Bolillera (Helicoverpa gelotopoeon), Lagarta Militar Verdadeira (Pseudaletia adultera), Lagarta Thresher (Faronta albilinea) e Gato Peludo Norte Americano (Spilosoma virginica).Essas capturas foram detectadas com armadilhas luminosas no sul da província de Santa Fe.No entanto, onde há preocupação é no cultivo do trigo."O inseto verde do trigo pode aparecer na lavoura nas fases de enchimento das espigas", anunciam os especialistas.É muito importante detectar a tempo a presença do percevejo verde do trigo, para realizar ações destinadas a diminuir as populações no campo.“Sugere-se monitorar os percevejos em lotes de trigo, começando pelos promontórios e bordas, e depois continuar com o restante da superfície do lote”, explicam do Infobicho.Lembramos que esta praga, se não controlada a tempo, pode causar danos aos grãos em formação através de seus estiletes bucais.“Limite de dano provisório: 1-2 percevejos por m2.As atuais condições de seca exigem maior cuidado com a cultura (com menos recursos do que em outras épocas) diante do ataque de diferentes tipos de pragas”, admitiu Spinollo.https://twitter.com/PabloVeguillas/status/1352236178305671168Por sua vez, diante da atual falta de chuvas em toda a região, eles sugerem a revisão dos lotes destinados ao plantio de milho.“Isso é para detectar a possível presença do percevejo e tomar as precauções necessárias para controlá-lo antes da semeadura”, explicaram.De tamanho pequeno, 3-3,5 mm, esta espécie de percevejo é caracterizada por se multiplicar em ervas daninhas de folhas largas.Especialmente em parcelas invadidas por ervas daninhas peludas ou algodonosas, Gamochaeta sp.e nabos, entre outros.A família Lygaeidae é composta por um grande número de espécies fitófagas.As infestações em lotes com a presença de plantas daninhas como as já citadas tornam-se muito altas.Além disso, quando começam a secar pela ação de herbicidas, adultos e ninfas podem infestar massivamente as mudas de soja.Mas também outras culturas, como o milho, que interrompe o seu crescimento, situação que se agrava em condições de seca.A primeira medida de manejo dessa praga é o controle oportuno das plantas daninhas como forma de evitar a multiplicação do inseto.Em relação ao controle químico, não há inseticida registrado para o controle desse inseto em soja.“Diante de ataques intensos, produtos registrados na soja têm sido usados para controlar percevejos na fase de frutificação e enchimento de grãos”, explica o especialista da Infobicho.