Destaques do Papa Francisco na Páscoa de 2022

2022-04-22 18:08:42 By : Mr. Yi Gong

O Papa Francisco presidiu as celebrações pascais no Vaticano e enviou a tradicional bênção Urbi et Orbi (À cidade e ao mundo), no domingo de Páscoa, com votos de paz. Particularmente à América Latina, pediu pelas condições sociais.

“Cristo ressuscitado acompanhe e assista as populações da América Latina, que, em alguns casos, viram piorar as suas condições sociais nestes tempos difíceis de pandemia, agravadas também por casos de criminalidade, violência, corrupção e tráfico de drogas”.

O Papa reiterou seus pedidos de paz e recordou a exortação de Jesus Cristo, vencedor do pecado, do medo e da morte, a não nos rendermos ao mal e à violência, “perante os sinais perdurantes da guerra, bem como diante das muitas e dolorosas derrotas da vida”.

“Irmãos e irmãs, deixemo-nos vencer pela paz de Cristo! A paz é possível, a paz é um dever, a paz é responsabilidade primária de todos!”

Abaixo, alguns destaques das celebrações do Tríduo Pascal e da Páscoa de 2022:

Na Quinta-feira Santa, durante a Missa Crismal, Francisco destacou o convite do Senhor ao clero para serem fiéis a Ele e para “servir, com uma consciência pura, o santo povo fiel de Deus”. O Papa também ressaltou a necessidade de cultivar a graça de “fixar os olhos em Jesus”: “No fim do dia, é bom olhar para o Senhor e deixar que Ele contemple o nosso coração, juntamente com o coração das pessoas que encontramos”. 

O bispo de Roma dedicou a segunda metade de sua homilia para falar dos ídolos escondidos, os quais deve-se deixar que o Senhor os veja. Ele “torna-nos fortes face a eles e tira-lhes o poder”.

“Jesus Cristo faz com que estes ídolos se manifestem, se veja a sua presença, as suas raízes e o seu funcionamento, a fim de que o Senhor os possa destruir. Esta é a proposta: dar espaço ao Senhor, para que Ele possa destruir os nossos ídolos escondidos. E devemos ter em mente e estar atento para que não renasça a cizânia destes ídolos que soubemos esconder nas dobras do nosso coração”.

Mais tarde, na celebração da Missa da Ceia do Senhor, no Novo Complexo Penitenciário – Civitavecchia, o Papa Francisco refletiu em sua homilia sobre o perdão: “Deus perdoa tudo  e Deus  sempre perdoa ! Somos nós que cansamos de pedir perdão”.

Francisco lavou os pés de alguns dos detentos e falou sobre esse gesto: “ Faço-o de coração porque nós, sacerdotes, devemos ser os primeiros a servir os outros, não a explorar os outros.  O clericalismo às vezes nos leva por esse caminho.  Mas devemos servir.  Este é um sinal, também um sinal de amor por esses irmãos e irmãs e por todos vocês aqui”. 

Na Sexta-feira Santa, o Papa presidiu a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro e, à noite, a Via Sacra no Coliseu de Roma. As meditações dos passos de Jesus até o calvário foram preparadas por famílias em diferentes realidades, que também ofereceram testemunhos e conduziram a cruz a cada estação. Ao final, em sua oração, Francisco pediu: “Mantende acesa nas nossas famílias a lâmpada do Evangelho, que ilumina alegrias e sofrimentos, fadigas e esperanças: cada casa espelhe o rosto da Igreja, cuja lei suprema é o amor”.

No Sábado Santo, Francisco presidiu a Vigília Pascal e motivou a fazer experiência do Ressuscitado e partilhá-la com os outros; “a rolar aquela pedra do sepulcro, onde muitas vezes fechamos o Senhor, para espalhar a sua alegria pelo mundo”.

“Façamos ressuscitar Jesus, o Vivente, dos túmulos onde O tínhamos encerrado; libertemo-Lo das formalidades onde frequentemente o enclausuramos; despertemos do sono da vida tranquila onde às vezes O reclinamos, para que não perturbe nem incomode mais. Levemo-Lo para a vida de todos os dias: com gestos de paz neste tempo marcado pelos horrores da guerra; com obras de reconciliação nas relações rompidas e de compaixão para com os necessitados; com ações de justiça no meio das desigualdades e de verdade no meio das mentiras. E, sobretudo, com obras de amor e fraternidade”.

O Papa ainda ressaltou que “a nossa esperança chama-se Jesus”. Ele que “entrou no túmulo do nosso pecado, chegou ao ponto mais distante onde andávamos perdidos, percorreu os passos emaranhados dos nossos medos, carregou o peso das nossas opressões e, dos abismos mais escuros da nossa morte, despertou-nos para a vida transformando o nosso luto em dança”.

“Façamos Páscoa com Cristo”, motivou o Papa.

“Ele está vivo e ainda hoje passa, transforma e liberta. Com Ele, o mal já não tem poder, o fracasso não pode impedir-nos de recomeçar, a morte torna-se passagem para o início duma nova vida. Porque com Jesus, o Ressuscitado, nenhuma noite é infinita; e mesmo na escuridão mais densa, nesta escuridão brilha a estrela da manhã”.

Em sua bênção Urbi et Orbi, no Domingo de Páscoa, o Papa lembrou da saudação de Jesus ressuscitado aos discípulos: “A paz esteja convosco”. Assim como os amigos do Senhor que ficaram incrédulos ao o encontrarem, “também os nossos olhos estão incrédulos, nesta Páscoa de guerra”, disse o Papa Francisco. Diante dessa realidade de dor e sofrimento, não é uma ilusão a ressurreição de Jesus, reforça.

“Hoje, mais do que nunca, ressoa o anúncio pascal tão caro ao Oriente cristão: «Cristo ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!» Hoje mais do que nunca precisamos d’Ele, no termo duma Quaresma que parece não querer acabar”

Francisco recordou a pandemia, da qual, como um túnel, poderíamos sair “de mãos dadas, juntando as forças e os recursos”, mas, em vez disso, o mundo demonstra que não tem o Espírito de Jesus, mas o de Caim. “Hoje mais do que nunca precisamos d’Ele, precisamos que venha colocar-Se no meio de nós e nos diga mais uma vez: «A paz esteja convosco!»”.

Foram lembradas diversas situações de guerras, conflitos e a necessária reconciliação entre povos. Em particular, o Papa citou a Ucrânia; o Oriente Médio; a cidade de Jerusalém; o Líbano, a Síria e o Iraque; a Líbia; Myanmar; Afeganistão; a Região do Sahel, no continente afriano; a Etiópia; a República Democrática do Congo; o leste da África do Sul afetado por enchentes, a América Latina; e o Canadá, onde a Igreja passa por um caminho de reconciliação com os povos autóctones.

“Queridos irmãos e irmãs, cada guerra traz consigo consequências que envolvem toda a humanidade: do luto ao drama dos refugiados, até à crise econômica e alimentar de que já se veem os primeiros sintomas. Perante os sinais perdurantes da guerra, bem como diante das muitas e dolorosas derrotas da vida, Cristo, vencedor do pecado, do medo e da morte, exorta-nos a não nos rendermos ao mal e à violência. Irmãos e irmãs, deixemo-nos vencer pela paz de Cristo! A paz é possível, a paz é um dever, a paz é responsabilidade primária de todos!”

Nesta segunda-feira da Oitava da Páscoa, Francisco partilhou que Jesus “nos convida a sair dos túmulos dos nossos medos” e nos recorda que “o Ressuscitado quer nos tirar dos sepulcros das falsidades e das duplicidades”.

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