Mais uma demissão
Jair Bolsonaro demitiu o terceiro presidente da Petrobras. O problema não está nos presidentes, mas sim em que os nomeia.
A corrupção persiste
Com Jair Bolsonaro, esperávamos que a corrupção fosse combatida, porque foi eleito com esse mote, além de ter nomeado Sergio Moro como ministro da Justiça. Mas, depois de eleito, queimou o ministro, como também apoiou Arthur Lira, réu em processo por corrupção, para a presidência da Câmara, e sob a gestão dele se estabeleceu o orçamento secreto. Pura regressão institucional. Agora, com Ciro Nogueira, do Centrão, os caminhões de lixo superfaturados. E nem se fale sobre a conduta de Bolsonaro na epidemia. Na hora das eleições, vê-se que os partidos políticos se tornam subservientes aos líderes de pesquisa, ora bloqueando Moro, ora bloqueando Doria, para não só obstruir candidatos que possam ser mais competentes na administração do Brasil, como também para que votos migrem para Bolsonaro ou Lula. A próxima da lista deve ser Simone Tebet. Não me surpreenderia se Aécio Neves ou Michel Temer assumissem a candidatura. Brasília tem ojeriza a gente honesta no poder.
José Eduardo Zambon Elias zambonelias@hotmail.com
Apesar de Doria ter feito um bom governo no principal Estado do Brasil, o “gabinete do ódio” conseguiu destruir a candidatura do ex-governador, que salvou milhares de vidas da covid-19 graças ao seu empenho em conseguir rapidamente as vacinas de que o Brasil precisava e cuja aquisição Bolsonaro tentava impedir a todo custo. Milhares e milhares de postagens nas redes sociais sobre coisas totalmente irrelevantes (“calça apertada”, por exemplo) fizeram com que a rejeição ao candidato atingisse patamares que impediam a chance de sucesso ao concorrer à Presidência da República. Sem ter algo positivo para mostrar sobre seu governo, a Jair Bolsonaro só resta desconstruir os outros candidatos e criar factoides para motivar seus adeptos e não perder seus 30% de apoio, que serão insuficientes para reconduzi-lo à Presidência.
Alroger Luiz Gomes alroger-gomes@uol.com.br
Estes 2% de João Doria que o pessoal está ignorando podem justamente definir a eleição de Lula no primeiro turno.
Pedro Costa pedro_paulocosta@yahoo.com.br
Agora, sem João Doria, resta pouca escolha entre os possíveis candidatos do centro democrático (erradamente chamado de terceira via). Não se sabe bem por que tanta rejeição ao nome de Doria, que fez uma ótima administração no Estado, além de ter sido o principal responsável pelo combate à pandemia no País e ter conduzido boas políticas públicas neste serviço, ao contrário do desgoverno federal. Talvez seja a hora de firmar a candidatura de Simone Tebet a presidente, com Tasso como vice. Ela tem tudo para crescer e tirar votos, sobretudo, do golpista que está no poder.
Éllis A. Oliveira elliscnh@hotmail.com
Simone Tebet tem duas qualidades, integridade e coerência, absolutamente imprescindíveis neste momento no Brasil. Só isso, diante de qualquer desafio, garante uma solução minimamente adequada. Vivemos tempos aloprados e um pouco de ordem na casa nos faria um bem enorme. Discutir as questões que realmente nos afligem, também.
Ana Maria Willoweit anawo@uol.com.br
Espírito Santo do Pinhal
Longe de mim imaginar censurar os veículos de comunicação, como querem o demiurgo de Garanhuns e o capitão do mato. Mas todos os dias nesta campanha (mesmo ilegal, neste momento) tenho ouvido besteiras e mais besteiras destes dois senhores, uma mais estapafúrdia que a outra. Um tem um passado que o condena e o outro, um presente vazio e desprovido de senso. Não seria o caso de os veículos de comunicação escolherem o que publicar das falas desses sujeitos? É muita besteira, mentira, falta de respeito com o povo, que eles julgam idiota. Senhor Deus, precisamos de uma terceira via viável para ter esperança de um futuro melhor!
Luiz Francisco A. Salgado salgado@grupolsalgado.com.br
Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
A ação popular impetrada por membros do PT, conforme a matéria Juiz torna Moro réu em ação de deputados do PT por atuação na Lava Jato, publicada pelo site do Estadão em 24/5, escancara de vez a ridicularidade que reina naquela agremiação. É o gramscismo posto em prática a todo vapor e sem o mínimo receio de se tornar alvo de largas risadas. Suponho eu que a atitude do juiz em tornar réu, na dita ação, o digníssimo cidadão Sergio Fernando Moro, foi a de acabar de vez com a lenga-lenga dessa quadrilha superorganizada no mundo do crime chamada Partido dos Trabalhadores, que, em vez de zelar pelo bem-estar da classe trabalhadora, promoveu o maior índice de desemprego – mormente na desadministração da presidenta Dilma Rousseff – já visto neste país. Haja óleo de peroba para passar na cara desses infelizes.
Vitória da Conquista (BA)
No artigo de Temer de domingo (O que é pacificar?, 22/5, A4), concordo com quase tudo. Penso, contudo, que faltou designar aquela pessoa que é o pomo da discórdia: aquele que o senhor colocou no Supremo Tribunal Federal (STF). O senhor fez um bom governo!
DESISTÊNCIA DE DORIA
Uma pena a interrupção da candidatura de João Doria (Estado, 24/5, A7). Embora de difícil ascensão à Presidência nas próximas eleições, vale colocar que teria sido, possivelmente, um bom mandatário da Nação, repetindo sua capacidade de montagem de equipes e de equacionamento de questões públicas relevantes, além de superior postura. O mais incrível é a decantada rejeição pelo eleitorado a alguém competente, simultaneamente acompanhada do enaltecimento de populistas medíocres. Esperemos que Doria se eleja em ocasião futura.
O Estadão desta terça-feira, 24, publica que Doria desiste e abre caminho para Tebet, mas que ala do PSDB quer ter candidato próprio. E informa ainda que essa ala é liderada por um "judas mineiro" que em 2006 "tirou o tapete" do "picolé de chuchu" e permitiu a reeleição do "apedeuta de Caetés". Agora, novamente, ele quer fazer com que esse meliante volte ao poder. Esse traidor malévolo merece ser crucificado.
José Claudio Marmo Rizzo
Tome, Doria! Uma mentira é a porta da saída que se fecha, sem possibilidade de retorno. Para não voltar muito atrás, Doria prometeu à Polícia Militar (PM), na campanha a governador de São Paulo, elevar os salários dos PMs deste Estado ao maior nível de todo o Brasil, uma vez que esta ainda tem o menor salário do País. Doria ganhou as eleições e atravessou todo o seu mandato sem que a promessa fosse cumprida até a sua saída. Agastado e já no poder, ao ser cobrado pelos aposentados e pensionistas PMs, chamou a todos de vagabundos. Poderá recuperar a sua reputação perdida, mas os eleitores sabem que "o lobo perde o pelo mas não perde o vício".
João Baptista Lima Filho
Antes de mais nada, desejo de coração agradecer a Doria por minha família estar viva graças à sua luta pela vacinação e medidas que visaram evitar a contaminação alarmante desde o início da pandemia. Agradeço não só por minha família, mas pelas milhões de vidas que salvou. Só esse grande feito já será suficiente para fazer seu nome entrar para a história deste país. Gratidão.
Eliana França Leme
Era prefeito, desistiu para ser governador. Era governador, desistiu para ser presidente. Era pré-candidato à Presidência da República, desistiu para ser esquecido. São Paulo e o Brasil agradecem!
João Manuel Maio
São José dos Campos
REAÇÃO MASCULINA AGRESSIVA
Curioso ver velhos jornalistas reagindo muito mal à indicação de Simone Tebet como candidata da terceira via. É o machismo que não quer mulheres no comando da Nação. Acho que João Doria seria um candidato à altura do cargo. Provou ser um bom administrador no Governo de São Paulo, mesmo que tenha recebido críticas. Mas disso nenhum político escapa. Porém, o impasse era a rejeição a seu nome medida nas pesquisas. Contra isso ninguém pode. Simone Tebet apareceu para o público durante sua atuação na CPI da Covid, mostrando força e serenidade cada vez que questionava convidados e/ou convocados pela presidência para esclarecer fatos e envolvimento em supostos delitos ocorridos durante a pandemia. A clareza de seus questionamentos fez com que o público que acompanhou os debates aprendesse muito sobre o que levou o Senado a aprovar aquela comissão de inquérito. Tebet se apresentou como um dos nomes possíveis para presidir o Brasil no próximo quadriênio. Tem os atributos necessários para fazer uma excelente administração. Eu acredito nela. E quero uma mulher no poder. Chega de homens incapazes de ver a tragédia das famílias abandonadas à própria sorte nessa republiqueta de bananas. Famílias conduzidas principalmente por mulheres, pois os homens, cada dia mais, abandonam as companheiras assim que elas engravidam, isso quando não as espancam e matam ao serem eles os dispensados por elas ao descobrirem a canoa furada em que se meteram. Simone dará voz às mulheres. Fará todo o possível para acabar com essa injustiça eterna do Brasil em relação às suas dedicadas guerreiras, que carregam os filhos nas costas, se preciso for, mas jamais os deixarão ao léu como faz um grande número de pais. Vamos com Simone Tebet, ela é a nossa esperança em um futuro decente para o País. Deixemos os homens estriar! Somos 53% do eleitorado. Vamos colocá-la lá, na rampa do Palácio do Planalto, fazendo o juramento de levar o Brasil a viver novos tempos e provar que mulher não brinca em serviço. Viva Simone Tebet, futura presidente do País!
Jane Araújo
Chega de "bell'Antonio” cabotino e inapto no Palácio do Planalto, o Brasil reclama uma Angela Merkel ou uma Jacinda Ardern como presidente. Simone Tebet?
Etelvino José Henriques Bechara
A saída de Doria da disputa presidencial move uma peça que deixa mais claro o cenário do xadrez político. Só falta Ciro e Tebet se entenderem para uma nova e forte surpresa surgir no horizonte, trazendo um sorriso ao rosto dos brasileiros que recusam a polarização.
Bolsonaro se iguala a Dilma ao pretender manipular os preços da Petrobras (Estado, 24/5, B2). A petroleira demorou anos para se recuperar das intervenções de Dilma Rousseff, que não se conformava com os lucros da empresa – que teve que reduzir os preços até trabalhar no prejuízo para satisfazer a visão comunista tosca da madame presidente. Bolsonaro sonha em derrubar os preços da gasolina de qualquer maneira para tentar se manter no poder e fora da cadeia. O fato de haver uma guerra na Europa com enorme impacto no preço do petróleo não interessa ao mito, só o que importa é aparecer bem na foto da próxima motociata – e, se a Petrobras tiver que operar com prejuízo, azar dela. Bolsonaro e Dilma jamais deveriam ter alcançado a Presidência da República. É imperativo o País impor critérios mínimos para os postulantes a cargos públicos.
Mário Barilá Filho
Mais uma demissão na Petrobras feita por Bolsonaro, que quer porque quer a gasolina mais barata, mesmo que artificialmente. Em breve, ele irá colocar no cargo de presidente um amigo seu dono de um posto de gasolina. Não se pode esperar nada menos dessa ignorância sem tamanho.
A respeito do artigo Liberdade em risco, do renomado advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira (24/5, A4), que fez referência ao belo poema No caminho com Maiakóvski, de autoria de Eduardo Alves da Costa, cabe, por oportuno, não apenas reproduzir trecho do mesmo, escrito durante os anos de chumbo da ditadura militar, como também daquele que deve ter sido a sua fonte de inspiração, de autoria de um ministro luterano durante o holocausto nazista na 2.ª Guerra Mundial. O de Maiakóvski diz: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que, um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”. E o segundo: "Quando se voltaram contra os judeus, eu não era judeu e não fiz nada. Quando se voltaram contra os homossexuais, eu não era homossexual e não fiz nada. Voltaram-se contra os ciganos, eu não era cigano e não fiz nada. E quando se voltaram contra mim, não havia ninguém para me defender.” Nesses tempos bicudos e conturbados que o País vive sob o autoritário, negacionista e fascistoide desgoverno Bolsonaro, em que os limites constitucionais do Estado Democrático de Direito, a tão duras penas reconquistado, são constantemente desafiados e ameaçados, que os poemas sirvam de alerta para que a sociedade permaneça vigilante, atenta e de prontidão para evitar qualquer retrocesso.
HÁ UM SÉCULO
Há um século, conforme o Estadão destacou, milhares de imigrantes europeus e asiáticos vieram para o Brasil (Sobre a immigração, 24/5, A15). E pensar que este já foi o País da esperança, do futuro…
‘O PAGADOR DE PROMESSAS’
Há 60 anos nosso O Pagador de Promessas ganhou a Palma de Ouro em Cannes, muito bem lembrado por Luiz Zanin Oricchio (Estado, 23/5, C8). Em Porto Alegre, P. F. Gastal, eu e a nossa turma do Clube de Cinema oferecemos um coquetel na Associação Riograndense de Imprensa (ARI) ao pessoal do filme. Lembro da grande humildade de Leonardo Villar, com quem conversei muito, e da jovem gaúcha de Pelotas, Glória Menezes, e do galã Anselmo Duarte, que virou diretor, para glória de nosso cinema. Os chatos intelectuais do cinema novo, copiado da "nouvelle vague” francesa, morreram de inveja.
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