Morador de Florianópolis desbrava Mata Atlântica e descobre 35 novas espécies de orquídeas | ND Mais

2022-06-10 17:34:19 By : Mr. XJ Fiber

Quem cultiva orquídeas sabe que elas têm personalidade, se comunicam, fazem companhia e ainda, claro, são belas. Isso tudo gera admiração. O cultivador de orquídeas quer saber mais sobre elas. A história, as espécies, as características. Pelo menos foi o que aconteceu com o morador de Florianópolis Marcelo Vieira Nascimento, que dedicou uma vida a essas plantas e é autor de um livro sobre elas.

São cinco décadas admirando, estudando e caçando orquídeas. Sim, Marcelo é um caçador de orquídeas: “A palavra ‘caçador’ tem um tom pejorativo. Tá ligado quase que a matar animais, mas a Europa considera pessoas que estudam orquídeas como ‘caçadores de orquídeas’. Então, foi um apelido que de qualquer jeito eu fiquei muito feliz de receber”, explicou Nascimento, que é geógrafo e botânico.

A paixão começou quando ele tinha 10 anos de idade. Ao longo da vida, a adoração por essas flores foi além do cultivo. Ele queria dar uma contribuição para a ciência e catalogar todas as espécies da Capital. Andou pelas ruas, parques e explorou a vegetação da Mata Atlântica em busca das orquídeas. Um trabalho que ele chama de descobrir o invisível.

“A floresta praticamente é toda verde e as orquídeas, o seu vegetal é verde. E muitas das flores das orquídeas também não ficam muito evidentes para a gente. Então, era uma dificuldade imensa de a gente dizer: ‘ah, isso aqui efetivamente é uma orquídea. Agora, a gente tem que coletar, para ver ela florir’”, contou o caçador de orquídeas.

A busca que começou há uma década ganhou novos integrantes nos últimos anos. Com equipe e financiamento, ele expandiu as investigações, acamparam, passaram dias na mata e viveram algumas aventuras até encontrar as belezas escondidas.

“A gente pegou chuva, tempestade, vento, tivemos que acampar, cobras, todo tipo de situações que a gente tá disposto a receber”, lembrou Nascimento.

A investigação resultou na descoberta de 35 espécies novas e na catalogação de outras já existentes. Ao todo, são 287 espécies de orquídeas em Florianópolis. Tudo registrado no livro do geógrafo.

Para Nascimento, a obra “reúne ciência, quando a gente estuda sistematicamente a botânica das orquídeas, e arte, quando a gente une essa questão das ilustrações botânicas coloridas, que são únicas. Pela primeira vez, o mundo tá vendo a Laelia purpurata dessa maneira, em forma de ilustração botânica e todas as 29 cores diferentes que ela tem”.

O caçador de orquídeas demonstra o porquê resistiu em aceitar esse apelido. Caçador remete à caça. Não é o caso dele. O que ele busca é preservação. Tanto que evitou especificar o local onde as orquídeas foram localizadas para mantê-las protegidas.

“O grande recado que o livro dá é a conservação e a preservação. Elas são orquídeas nativas e o lugar delas é no mato, dentro da floresta atlântica”, ressaltou Nascimento.

Um amor que é correspondido. Todo esse carinho que ele dedica às plantas ele recebe de volta: “O que desperta as orquídeas em mim, na minha alma, uma palavra resume tudo: a paz que elas me dão quando eu estou junto delas ou quando eu estou estudando elas. Simplesmente isso, paz.”

Saiba mais sobre o trabalho do caçador de orquídeas na reportagem!

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