Condenado em Janeiro por crimes de suborno e peculato, Lee Jae-yong será “reintegrado” para “ajudar a superar a crise económica da Coreia do Sul”. Espera-se que a Samsung possa “liderar o motor de crescimento do país”.
O novo Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, concedeu esta sexta-feira um perdão presidencial ao bilionário Lee Jae-yong, o líder de facto da Samsung, a maior fabricante mundial de telemóveis, que tinha sido condenado por corrupção.
Lee, condenado em Janeiro a dois anos e meio de prisão por crimes de suborno e peculato, será “reintegrado” para “ajudar a superar a crise económica da Coreia do Sul”, disse o ministro da Justiça, Han Dong-hoon.
O empresário de 54 anos, a 278.ª pessoa mais rica do mundo, segundo a revista Forbes, saiu em liberdade condicional em Agosto de 2021, depois de cumprir 18 meses de prisão, 60% da sentença original.
O perdão presidencial anunciado permitirá que Lee volte a trabalhar plenamente, levantando uma proibição imposta pelo tribunal por um período de cinco anos após a condenação por corrupção. “Devido à crise económica global, o dinamismo e a vitalidade da economia nacional deterioraram-se e há temores de que a recessão económica se prolongue”, disse o Ministério da Justiça.
Segundo o comunicado, o ministério espera que Lee Jae-yong e a Samsung, cujas receitas são equivalentes a um quinto do produto interno bruto da Coreia do Sul, possam “liderar o motor de crescimento do país, investindo activamente em tecnologia e criando empregos”.
Lee recebeu o perdão juntamente com outros três empresários, incluindo o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, que recebeu uma sentença de prisão suspensa de dois anos e meio num caso de corrupção em 2018.
O “herdeiro da Samsung” foi condenado por subornos que pagou à rede criada em torno da antiga Presidente sul-coreana Park Geun-hye e da sua amiga, Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, num novo julgamento do caso que chocou o país.
O indulto que o líder da Samsung recebeu em Agosto de 2021 dividiu a sociedade sul-coreana, parte da qual considerou que a decisão contrariava a promessa do então Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de combater a corrupção.
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