Realizado no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR), o estudo faz parte da Rede Paranaense de Agropesquisa.
Conhecer a fundo as características do solo é fundamental para qualquer empreitada agrícola. Para balizar e organizar algumas informações importantes a este respeito, pesquisadores paranaenses estão analisando os indicadores físicos que podem ser utilizados no monitoramento da qualidade do solo. O subprojeto “Indicadores físicos do solo em sistemas de manejo e conservação do solo na região Centro-Sul do Paraná” vem sendo conduzido em uma área no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR).
O trabalho faz parte do projeto “Manejo e conservação do solo e da água na região Centro-Sul do Paraná”, integrante do Programa Integrado de Manejo e Conservação do Solo e Água do Paraná, que integra a Rede Paranaense de Apoio a Agropesquisa e Formação Aplicada, iniciativa que conta com o apoio financeiro do SENAR-PR.
O trabalho contemplou três sistemas de manejo diferentes: em uma área sem terraço e semeadura no maior alinhamento de cultivo; cultivo em nível e com plantas de cobertura no outono; e com presença de terraço e cultivada em nível. Todas as áreas foram conduzidas no Sistema de Plantio Direto (SPD). Foram avaliados dois critérios: resistência à penetração e porosidade do solo.
Desde o início do projeto, em 2017, já foram feitas três análises e outras duas devem ser realizadas em breve, na média de uma por ano. Segundo o pesquisador Leandro Rampim, à frente desse subprojeto, a pesquisa é de longa duração, necessitando avaliações ao longo dos anos para compreender todos os indicadores físicos que estão sendo testados.
“Esse trabalho vai dar subsídio para melhorar a análise do solo na propriedade, apontando quais indicadores estão melhores para serem utilizados. Com isso, tanto a assistência técnica quanto o produtor conseguirão fazer indicações mais precisas e avaliar estes sistemas ao longo do tempo”, afirma.
De acordo com o pesquisador, os resultados das avaliações nos três sistemas de manejos, até o momento, demonstram menor resistência do solo à penetração e maior porosidade do solo na camada 0,0 – 0,1 m (mais superficial) e maior resistência do solo à penetração e menor porosidade do solo na camada 0,1 – 0,2 m de profundidade, provavelmente devido à maior quantidade de matéria orgânica na camada superficial do solo.
Vale lembrar que solos mais compactados e menos porosos dificultam tanto a emergência das plântulas e a penetração das raízes, quanto a infiltração de água. Desta forma, o manejo adequado do solo tem relação direta com o sucesso do sistema produtivo, permitindo maior desenvolvimento das plantas, melhor aproveitamento da água e dos nutrientes e menor risco de erosão.
A pesquisa de longa duração e seus resultados poderão auxiliar pesquisadores, produtores rurais e técnicos agrícolas a identificar os indicadores mais adequados para monitorar a qualidade física do solo em cada região.
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Muitos insumos estão exibindo variações percentuais de dois dígitos, caso dos herbicidas e inseticidas. No grupo de corretivos e fertilizantes, o calcário apresentou a maior alta, subiu 10,75%.
Os preços de inúmeros insumos agropecuários apresentaram forte alta no início deste ano. Foi o que indicou a edição nº 2, de abril de 2022, do Boletim FAESP/SENAR-SP de Insumos Agropecuários, que faz o acompanhamento de valores em vigor no Estado de São Paulo, a partir de dados fornecidos pelo Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA-SAA/SP). A referência é janeiro deste ano.
No grupo de corretivos e fertilizantes, o calcário subiu 10,75% no mês. O formulado 05-25-25 veio a seguir, com 6,74% de alta mensal. A terceira maior alta mensal foi do formulado 04-20-20, que subiu 5,66%, enquanto a quarta posição foi do Termosfosfato, com acréscimo de 5,29%.
Os herbicidas também tiveram forte alta mensal, como o Artys (56,56%). Também foi o caso do Glifosato 480, que subiu 38,50% no mês, do Dontor (34,83%) e Primestra Gold (16,41%).
O Fungicida Priori Extra teve alta de mensal 20,19%. Já entre os inseticidas, o Pottente subiu 57,77%.
No segmento de máquinas e tratores, o trator de 100 CV subiu 31,41%; e no caso de potência de 80-90 CV, o reajuste foi de 19,96%.
No grupo sementes, destacam-se as variações nos preços das sementes de feijão (13,29%), Trigo (9,54%) e Soja (9,41%).
Além dos valores de referência de janeiro, o boletim mostra a variação do preço médio dos últimos 3,6 e 12 meses de vários insumos como fertilizantes, defensivos agrícolas, maquinário, sementes, rações e outros produtos utilizados no setor rural. Análise dos preços nessas janelas revela, por exemplo, que o Glifosato 480 teve acréscimo anual de preço na ordem de 375,12%.
Além do Brasil, estudos da Proteção Animal Mundial foram realizados na Tailândia, Estados Unidos, Canadá e Espanha, para determinar a presença de genes que causam resistência a antibióticos em resíduos animais despejados por fazendas em cursos de água públicos ou no solo dos cinco países.
Uma pesquisa inédita conduzida no ano passado pela organização não-governamental Proteção Animal Mundial confirmou a presença de genes que causam resistência a antibióticos (ARGs) no ambiente ao redor de granjas intensivas na Tailândia, Estados Unidos, Canadá e Espanha. A mesma situação foi encontrada também no Brasil, em uma pesquisa similar conduzida pela organização e realizada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) nas cidades de Castro, Palotina e Toledo, no Paraná, no final de 2021.
Os genes identificados causam resistência a medicamentos muito comuns utilizados para tratar importantes doenças infecciosas em pessoas. Para a organização, a solução é utilizar antibióticos em animais de produção de forma responsável, com o uso apenas terapêutico e banir o uso rotineiro de antibióticos.
Estima-se que mais de 60% dos antibióticos produzidos mundialmente são utilizados em animais de criação. O uso em excesso e indiscriminado pode acelerar o desenvolvimento de bactérias multirresistentes nos animais e no meio ambiente.
Os genes de resistência a antibióticos são os elementos de construção das bactérias multirresistentes. Eles criam resistência antimicrobiana, a resistência de bactérias recorrentes aos antibióticos importantes para as pessoas. Isso significa que alguns antibióticos já são ineficazes em diversos lugares do mundo e a situação deve piorar no futuro.
“É alarmante que alguns ARGs encontrados em nossa pesquisa confirmam a resistência a antibióticos importantes para a saúde humana e, por isso, constituem grande preocupação não só para a Organização Mundial da Saúde, mas para toda a sociedade”, aponta Jacqueline Mills, Chefe Global de Agropecuária da Proteção Animal Mundial.
A análise da coleta de água, realizada pela pesquisa na Tailândia, Estados Unidos, Canadá e Espanha, apontam para a provável descarga de ARGs nos dejetos de suínos (esterco e urina) criados por fazendas industriais intensivas. A prova é que a presença de ARGs é superior nas amostras coletadas em cursos d´água na jusante – ou seja, após as granjas de suínos, é diferente das amostras na montante – ou seja, antes da água passar pela fazenda.
Na Espanha, as análises de águas subterrâneas próximas às granjas de suínos revelaram níveis muito elevados de ARGs, sendo que essas águas subterrâneas eram utilizadas no passado para o abastecimento de água para humanos em algumas regiões. Este estudo revelou também que amostras de águas de superfície na Espanha continham ARGs até 200 vezes os valores de referência.
Testes na Tailândia encontraram bactérias multirresistentes a cefalosporinas de terceira geração, fluroquinolonas ou colistina, além de cotrimoxazol, gentamicina, amicacina, trimetoprima-sulfametoxazol ou amoxicilina. Esta é a primeira descoberta de ARGs em granjas de suínos na Tailândia Central.
Conclusões semelhantes em outras localidades
Nos Estados Unidos, os pesquisadores encontraram evidências amplamente disseminadas de ARGs conferindo resistência à tetraciclina e estreptomicina. Além disso, também foi encontrado ARGs conferindo resistência a macrolídeo, cefalosporinas, fluoroquinolona e possivelmente antibióticos carbapenêmicos.
A pesquisa no Canadá documenta o que a Proteção Animal Mundial acredita ser a primeira descoberta em Manitoba de ARGs que confere resistência a cefalosporinas, fluoroquinolonas, macrolídeos e tetraciclina. Os resultados refletem conclusões semelhantes em outros locais.
Já no Brasil, o material coletado próximo às granjas no Paraná mostrou uma presença especialmente grande de genes resistentes a antibióticos críticos para a saúde humana, como é o caso da cefalosporina, da ciprofloxacina e da penicilina.
O médico-veterinário e coordenador de Bem-Estar da Proteção Animal Mundial, Daniel Cruz, explica que a resistência antimicrobiana vem crescendo muito. “Sabemos desse problema global da resistência bacteriana e os dados apresentados em todas as pesquisas confirmam que se trata de um fenômeno mundial e que requer preocupação”, afirma.
Para Cruz, a solução é desenvolver e implementar políticas e normas para empresas e governos. “Precisamos utilizar os antibióticos de forma responsável, uso apenas terapêutico e banir o uso rotineiro de antibióticos. A dependência do uso excessivo de antibióticos só cessa quando há transformação nos sistemas produtivos”, destaca. “Acreditamos que essas engrenagens tem que se movimentar de maneira conjunta para atender esses pedidos que estamos fazendo”, diz.
A crescente resistência antimicrobiana é uma questão que vem sendo acompanhada de perto pela Organização Mundial da Saúde, que promove anualmente a “Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência Bacteriana”. No link https://www.who.int/campaigns/world-antimicrobial-awareness-week há mais informações.
“A saúde e o bem-estar dos animais, das pessoas e de nosso planeta são interdependentes. Só será possível estabelecer um sistema alimentar humano e sustentável se os governos e a indústria tomarem medidas para proteger a todos”, salienta Jacqueline Mills, da Proteção Animal Mundial.
O relatório “Bactérias multirresistentes em um rio próximo de você”, produzido pela ONG Proteção Animal Mundial está disponível clicando aqui.
Evento será realizado nos dias 12 e 13 de maio, em Cuiabá (MT) e reunirá workshops e feira de negócios em um único lugar.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) lançou a programação oficial do Acricorte 2022, que será realizado nos dias 12 e 13 de maio, em Cuiabá (MT). O evento, que já está na sua segunda edição, reunirá workshops e feira de negócios em um único lugar. O objetivo é ofertar conhecimento e tecnologias aos pecuaristas e promover o debate sobre o futuro e a sustentabilidade da cadeia produtiva da carne.
Diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior – Foto: Divulgação/Acrimat
O Acricorte faz parte de uma série de projetos e iniciativas da Acrimat para promover a integração dos produtores, visando ao crescimento e ao fortalecimento da pecuária de corte mato-grossense, que hoje é referência para o Brasil e o mundo, de acordo com o diretor-presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior.
“Tenho certeza que será novamente o maior encontro de pecuária de Mato Grosso. Contaremos com grandes palestrantes, expoentes da cadeia da pecuária que, com sua experiência, agregarão muito conhecimento a todos os presentes. Além das atualizações em conhecimento, os participantes poderão fazer seus negócios na feira, além de conhecer as tecnologias e lançamentos, pois contaremos com grandes empresas no evento. Será uma oportunidade de reunir muitos produtores do Brasil para troca de informações”, afirmou.
A programação do Acricorte conta com 12 dos principais nomes ligados à pecuária, que realizarão palestras técnicas inerentes à bovinocultura de corte, economia, mercado, tecnologia, saúde e vários outros assuntos que serão abordados ao longo dos dois dias de evento.
Entre os palestrantes confirmados está Arthur Igreja, que será o responsável pela palestra magna do evento, intitulada “O futuro do Agronegócio”. Igreja é palestrante em mais de 150 eventos por ano no Brasil e exterior, autor do best-seller sobre inovação intitulado “Conveniência é o nome do Negócio”, além de ser co-fundador da plataforma AAA Inovação, junto com o economista Ricardo Amorim. Essa palestra é um oferecimento do Senar/MT.
Ainda no primeiro dia do Acricorte, também estarão presentes Sérgio Pflanzer (doutor em Tecnologia de Alimentos pela Unicamp); Evaristo Miranda (doutor em ecologia pela Universidade de Montpellier, na França, e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa); Camila Teles (relações públicas, produtora rural e defensora do agronegócio brasileiro e mundial); e José Vasconcelos (professor da Unesp).
No segundo dia, o Acricorte receberá Marcos Fava (professor universitário no Brasil, Argentina, Estados Unidos e África do Sul na área de agronegócios e planejamento/estratégia, além de palestrante em 22 países); Eduardo Lunardelli (produtor rural, consultor e selecionador de gado Nelore); e Wagner Pires (consultor e palestrante em Formação Manejo e Recuperação de Pastagem).
Também estarão presentes Allan Costa (vice-presidente de operações da ISH Tecnologia, co-fundador da plataforma AAA Inovação e palestrante); Iran Castro (médico cardiologista), Caio Penido (presidente do Instituto Mato-grossense da Carne – Imac) e Daniela Mariuzzo (diretor executivo da IDH Brasil e do Programa Latam Landscapes), como palestrantes.
Já a feira de negócios reunirá 35 estandes de empresas referências do setor agropecuário e será uma oportunidade de o público conferir as novidades tecnológicas oferecidas ao segmento.
Os interessados em participar do Acricorte já podem se inscrever no evento. Os associados da Acrimat devem fazer inscrição entrando em contato diretamente com a Acrimat pelo telefone (65) 98409-3350 ou pelo e-mail acrimat@acrimat.org.br.
Já o público em geral pode fazer inscrição no site da Acrimat, onde estão disponíveis os valores para participação e outras informações sobre o Acricorte, que será um evento exclusivamente presencial, não sendo transmitido pela internet.
Os veículos de imprensa que desejarem fazer a cobertura do evento devem entrar em contato pelo e-mail ascom@acrimat.org.br para fazer credenciamento. É necessário informar o nome completo do profissional, CPF, telefone de contato, o nome do veículo que o profissional representa e sua função (repórter, cinegrafista, fotógrafo, etc).
Em caso de dúvidas, a imprensa pode entrar em contato com a assessoria, pelo telefone/whatsApp (65) 99914-0663.
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