Transportes foi um dos setores que mais criou novas empresas no 1.º semestre | Publituris

2022-07-29 17:44:01 By : Ms. Doris Wang

Segundo o Barómetro Informa D&B, o setor dos Transportes criou 999 novas empresas entre janeiro e junho, que correspondem a um aumento de 120% face ao ano passado. 

Segundo o Barómetro Informa D&B, o setor dos Transportes criou 999 novas empresas entre janeiro e junho, que correspondem a um aumento de 120% face ao ano passado. 

O setor dos Transportes foi um dos que mais contribuiu para a criação de novas empresas em território nacional durante a primeira metade do ano, avança o Barómetro Informa D&B, que indica que este setor criou 999 novas empresas entre janeiro e junho, que correspondem a um aumento de 120%.

“O setor dos Transportes e, em termos de regiões, a Área Metropolitana de Lisboa concentram uma percentagem significativa do crescimento na constituição de empresas”, indica o Barómetro Informa D&B.

Além dos Transportes, também os setores dos Serviços gerais (+889 constituições, +33%), os Serviços empresariais (+644 constituições, +17%); Alojamento e Restauração (+542 constituições, +29%), e Atividades Imobiliárias (+506 constituições, +22%) se destacaram na constituição de novas empresas no primeiro semestre do ano.

Em sentido contrário estiveram setores como Retalho (-13%) e Agricultura e outros recursos naturais (-1,9%), que foram os únicos a apresentar “descidas no nascimento de empresas face a 2021”, segundo o relatório.

“No Retalho, o recuo é transversal a todos os subsetores, com especial destaque para o Retalho de Têxtil e Moda, Generalista e Outros. Apenas o Retalho Automóvel regista maior número de novas empresas nos primeiros seis meses de 2022 face ao período homólogo”, acrescenta a informação divulgada.

O Barómetro Informa D&B diz, no entanto, que, face ao período anterior à pandemia, “a criação de empresas mantém-se abaixo na maioria dos setores”, à exceção das Tecnologias de informação e comunicação (+27%), das Atividades imobiliárias (+20%) e da Agricultura e outros recursos naturais (+0,6%).

Já os Serviços empresariais foram “o setor com maior número de novas empresas em termos absolutos”, estando já muito próximo “dos valores de 2019 (-1,1%)”.

A nível geográfico, a “aceleração na criação de empresas é transversal a quase todas as regiões e distritos”, com o Barómetro Informa D&B a destacar a Área Metropolitana de Lisboa (+2 495 constituições, +33%), que contou com o “contributo muito significativo do subsetor do transporte individual de passageiros”.

“Bragança, Horta e Viana do Castelo são os únicos distritos abaixo de 2021, mas com diferenças pouco significativas”, acrescenta o Barómetro Informa D&B.

Ao nível de encerramentos e insolvências, o relatório indica que, no primeiro semestre de 2022, encerraram 5 915 empresas, menos 2,6% que no período homólogo, o que corresponde a menos 158 encerramentos, com a maioria dos setores a registar mesmo valores inferiores a 2021.

“Com mais encerramentos surgem apenas os setores do Retalho (+71 encerramentos, +8,1%), das Indústrias (+25 encerramentos, +4,5%) e Atividades imobiliárias (+9 encerramentos, +2,3%)”, lê-se no relatório.

Já no que diz respeito a insolvências, na primeira metade do ano, 845 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 19% face a 2021 (menos 201 novos processos), com destaque para os setores das Indústrias, Alojamento e restauração e Retalho, que foram os que apresentaram “maior número de insolvências”, ainda que tenham sido também “aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo”.

Ligações aéreas estavam suspensas desde junho, devido a um surto de COVID-19 identificado entre os passageiros que viajaram entre Portugal e a China, nos voos operados da Beijing Capital Airlines.

A Beijing Capital Airlines vai retomar, a 26 de agosto, as ligações aéreas regulares entre Portugal e a China, avança a CNN, que indica que a suspensão dos voos, decretada na sequência de um surto de COVID-19, já foi levantada pelas autoridades chinesas.

Apesar de avançar a informação, a CNN diz que não foi divulgada qualquer justificação para o atraso de um mês na retoma dos voos, uma vez que a suspensão já foi levantada mas as ligações aéreas só vão ser retomadas a 26 de agosto.

Quando voltarem a ser operados, os voos vão, no entanto, passar a ter como destino na China a cidade de Hangzhou, em vez de Xi’an, antiga capital chinesa e que era, até à suspensão das ligações desde Lisboa, o destino dos voos da Beijing Capital Airlines.

A operação da companhia aérea chinesa vai manter-se semanal, contando um voo realizado às sextas-feiras, que liga a capital portuguesa à cidade de Hangzhou, localizada na costa leste da China.

Recorde-se que os voos entre Portugal e a China foram suspensos em junho, devido a um surto de COVID-19 registado entre os passageiros, o que ditou a sua suspensão no âmbito da política chinesa de “COVID Zero”, que prevê a interdição de ligações aéreas sempre que sejam identificados surtos entre os passageiros.

Os novos voos vão ser operados em codeshare com a Qatar Airways e visam dar resposta à “elevada procura de passageiros nesta rota”, revela a Malaysia Airlines.

A Malaysia Airlines vai abrir, a 10 de agosto, um segundo voo diário entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Doha, capital do Qatar, num aumento de capacidade que, segundo comunicado da companhia aérea, se destina a dar “resposta à elevada procura de passageiros nesta rota”.

“Estamos entusiasmados por aumentar as nossas operações para Doha, após o lançamento bem-sucedido do serviço diário em maio. Reconhecemos a importância de colaborar com os nossos parceiros, como a Qatar Airways, ainda mais com a procura de viagens que se verifica de forma acentuada para esta rota, na sequência da flexibilização das restrições nas fronteiras”, refere  Izham Ismail, CEO da Malaysia Airlines.

Os novos voos vão ser operados em codeshare com a Qatar Airways, a companhia aérea de bandeira do Qatar, e partem de Kuala Lumpur às 02h55, enquanto em sentido contrário a partida da capital do Qatar está prevista para as 08h05.

Além deste voo, a Malaysia Airlines opera um segundo voo diário entre Kuala Lumpur e Doha, cuja partida da capital da Malásia decorre às 21h20, enquanto a partida do Qatar está marcada para as 01h30.

No comunicado divulgado, a Malaysia Airlines revela que este voo vem juntar-se aos serviços diários que a companhia aérea já opera para o Qatar, “elevando o número de voos da Malaysia Airlines para Doha para um total de 14 voos semanais”.

Os dois voos diários que a companhia aérea realiza entre Kuala Lumpur e Doha são operados num avião A330-300, com 27 lugares em Classe Executiva, 16 lugares na Classe Económica com mais espaço para as pernas e 247 lugares na Classe Económica.

“Este aumento reforça a parceria estratégica da Malaysia Airlines e da Qatar Airways, permitindo que os passageiros das companhias áreas viajem para mais de 96 destinos em regime codeshare e desfrutem de melhores ligações através dos principais hubs dos parceiros em Kuala Lumpur e Doha”, destaca ainda a companhia aérea da Malásia, no comunicado divulgado.

Companhia aérea de baixo custo vai abrir 13 novas rotas em Lisboa e reforçar outras oito no próximo inverno, num aumento de operação que é possível devido aos 18 slots que pertenciam à TAP e que passaram para a easyJet.

A easyJet vai abrir 13 novas rotas em Lisboa no próximo inverno, com destaque para Marraquexe, em Marrocos, que será o primeiro destino da companhia aérea no país à partida de Portugal, revelou esta quarta-feira, 27 de julho, José Lopes, country manager da easyJet em Portugal.

As novas rotas em Lisboa e respetivo aumento de capacidade, explicou o responsável, resultam da transferência para a easyJet dos 18 slots que pertenciam à TAP e que a companhia aérea abandonou por decisão da Comissão Europeia, no âmbito do processo de reestruturação e das ajudas estatais recebidas pela TAP.

“Com esta obtenção destes slots, vamos anunciar 13 novas rotas para Lisboa e o reforço de capacidade ou extensão de operações em oito rotas que já operamos na cidade de Lisboa”, começou por explicar José Lopes, numa conferência de imprensa que decorreu no Bairro Alto Hotel, em Lisboa.

Para José Lopes, este aumento de capacidade representa uma “oportunidade única”, uma vez que “vai fazer com que a easyJet passe a ser o operador número 2 na capital”, permitindo também “dar um passo forte a nível de crescimento num aeroporto que tem níveis de congestionamento elevados”.

No total, a easyJet vai abrir 13 novas rotas na capital portuguesa e reforçar outras oito a partir de 30 de outubro, num aumento de oferta que corresponde a cerca de 550 mil lugares e implica que a companhia passe a ter mais três aviões A321neo baseados em Lisboa, cada um com capacidade para 235 passageiros, passando para um total de nove aviões baseados na capital, mais cinco não baseados.

Com as novas rotas, a easyJet passa a voar para 32 destinos à partida de Lisboa, em 10 países, sendo que as novas rotas abrangem destinos em Espanha, França, Reino Unido, Suíça, Itália e Marrocos, que é a principal novidade entre as novas rotas apresentadas pela easyJet.

“O 10.º país novo que este projeto traz ao network da easyJet em Lisboa é Marrocos, onde vamos operar, a partir deste inverno, Marraquexe com duas frequências semanais”, congratulou-se José Lopes, revelando que a easyJet está ainda a finalizar “o processo de designação para obtenção de direitos de tráfego” em Marrocos, o que não deverá constituir qualquer problema, uma vez que “existe um acordo bilateral entre a União Europeia e Marrocos”.

Além de Marrocos, a easyJet vai também abrir seis novas rotas para Espanha, passando a voar entre Lisboa e Barcelona quatro vezes por semana, para Bilbao duas vezes por semana e para Valência três vezes por semana. Além destas, a easyJet vai também voar para Fuerteventura, Las Palmas e Tenerife Sul, nas Canárias, todas com duas frequências semanais, enquanto a rota para Madrid passa a contar com 20 ligações semanais.

Em França, a easyJet vai abrir novas rotas desde Lisboa para Marselha com três ligações semanais, Toulouse com quatro voos por semana, e Limoges com dois voos por semana. Paralelamente, a companhia aérea vai também reforçar as ligações a Bordéus, que passam a 11 voos semanais, para Lyon, que passa a contar com nove ligações por semana, assim como para Nice e Nantes, cujos voos aumentam para seis e sete ligações por semana, respetivamente.

No Reino Unido, a easyJet vai passar a voar também entre Lisboa e Birmingham duas vezes por semana, enquanto na Suíça a novidade será a nova ligação para Zurique, que vai ter quatro voos semanais, com a companhia aérea a reforçar ainda as ligações a Genebra para 19 frequências por semana.

Itália fecha as novas rotas da easyJet, com a companhia a abrir uma nova rota para Bergamo, que vai contar com três voos por semana, enquanto as ligações a Milão-Malpensa passam a 14 voos por semana.

Novidade é ainda a manutenção no inverno dos voos entre Lisboa e o Porto Santo, na Madeira, que a companhia aérea inaugurou recentemente, com José Lopes a sublinhar que “a operação entre Lisboa e Porto Santo passará a operar o ano inteiro”, com duas frequências semanais, o que vai tornar a easyJet no “único operador regular a operar na ilha do Porto Santo durante o inverno”.

No total, a easyJet aumenta em 61% a capacidade disponibilizada em Lisboa face a 2019, num investimento que, segundo o responsável, não deverá ficar por aqui, até porque a companhia aérea ainda está a trabalhar em 11 rotações semanais, que correspondem a cerca de 108 mil lugares, sobre as quais só deverão existir novidades no final de agosto.

“É um crescimento muito forte e permite que Lisboa cresça aos níveis de investimento fortíssimo que já estávamos a efetuar quer em Lisboa, quer no Porto, quer no Funchal”, acrescentou José Lopes, revelando que o aumento de capacidade da easyJet chega aos 51% nos cinco aeroportos portugueses servidos pela companhia aérea, num total de 4,8 milhões de lugares disponíveis.

As vendas para as novas rotas abrem a 18 de agosto.

Segundo um estudo do instituto económico IW, faltam mais de 7.000 funcionários no setor da aviação alemão.

Mais de mil voos da Lufthansa foram cancelados esta quarta-feira, 27 de julho, por causa de uma greve de 24 horas do pessoal de terra da companhia aérea alemã, afetando dezenas de milhares de passageiros, segundo a agência de notícias dpa.

Cerca de 134.000 passageiros tiveram que mudar os seus planos de viagem ou cancelá-los completamente e pelo menos 47 ligações já tinham sido canceladas na terça-feira, informou a agência de notícias alemã.

Os aeroportos de Frankfurt e Munique estão a ser mais afetados pela greve, mas também houve voos cancelados em Düsseldorf, Hamburgo, Berlim, Bremen, Hannover, Estugarda e Colónia., com a companhia aérea a aconselhar os passageiros para não se deslocarem aos aeroportos afetados porque a maioria dos balcões não terá funcionários.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, o sindicato Verdi diz ter emitido um pré-aviso de greve para o período das 03:45 (01:45 GMT) de hoje às 06:00 de quinta-feira (04:00 GMT), “para aumentar a pressão” sobre a administração da empresa, reclamando aumentos salariais de 9,5%.

A greve na Lufthansa abrange os trabalhadores de terra, nomeadamente da manutenção, mas também os operadores de veículos de reboque de aeronaves, essenciais ao bom funcionamento do aeroporto.

Segundo a dirigente sindical Christine Behle, “a situação nos aeroportos está a deteriorar-se e os funcionários estão cada vez mais pressionados e sobrecarregados devido à grande falta de pessoal, à inflação alta e à ausência de aumentos há três anos”.

Desde o levantamento das restrições sanitárias, no início do ano, as companhias aéreas e os aeroportos têm tido dificuldades em responder ao forte aumento da procura, após dois anos de tráfego reduzido durante os quais o setor perdeu muitos funcionários.

Atualmente faltam mais de 7.000 funcionários no setor da aviação alemão, de acordo com um estudo do instituto económico IW publicado no final de junho.

Desde que estes aparelhos entraram ao serviço, há seis anos, a Airbus já entregou “mais de 2.300 aeronaves da Família A320neo, contribuindo para uma economia de 15 milhões de toneladas de CO2”, segundo o fabricante aeronáutico europeu.

A Condor encomendou 41 aviões A320neo para renovar a sua frota de aparelhos de corredor único, numa encomenda que abrange aparelhos em leasing e compra direta, informou a Airbus, em comunicado.

De acordo com o fabricante aeronáutico europeu, a Condor opera aviões A320 na sua rede europeia há mais de 20 anos e optou pelos novos modelos deste aparelho para renovar a sua frota, que já vão estar equipados com “a Airbus Airspace Cabin, oferecendo aos passageiros o mais alto nível de conforto”.

Os A320neo que a Condor encomendou também vão estar equipados com motores Pratt & Whitney, que são modernos e contam com uma aerodinâmica aperfeiçoada, permitindo reduzir “o consumo de combustível e as emissões de CO2 em pelo menos 20% em comparação com o concorrente da geração anterior”, assim como as emissões de ruído em 50%.

Desde que estes aparelhos entraram ao serviço, há seis anos, a Airbus já entregou “mais de 2.300 aeronaves da Família A320neo, contribuindo para uma economia de 15 milhões de toneladas de CO2”, indica o fabricante aeronáutico europeu.

Segundo Ralf Teckentrup, CEO da Condor, a opção pelo A320neo para substituir a frota de corredor único deveu-se ao facto destes aparelhos permitirem “viagens responsáveis e ao mesmo tempo confortáveis com emissões de CO2 significativamente reduzidas, consumo de combustível significativamente menor e menos ruído”.

“Depois de termos substituído toda a nossa frota de longo curso por aeronaves de última geração até o início de 2024, o próximo passo lógico é modernizarmos também a nossa frota de curto e médio curso.  Com as nossas novas aeronaves A320neo e A321neo, estamos a desenvolver consistentemente a nossa frota”, explica o responsável.

Já Christian Scherer, diretor comercial e chefe da Airbus International, sublinha que a escolha dos A320neo se segue à aquisição, pela Condor, de aparelhos A330 para renovar a sua frota de longo curso, o que representa um voto de confiança da companhia aérea alemã na Airbus.

“Estamos orgulhosos deste voto de confiança tão forte e damos as boas-vindas à Condor enquanto uma futura operadora totalmente Airbus”, congratula-se o responsável da Airbus International.

Os funcionários de terra da Lufthansa anunciaram uma greve para a próxima quarta-feira, 27 de julho, que pode provocar “atrasos e cancelamentos” nos voos da companhia aérea.

Os funcionários de terra da Lufthansa anunciaram uma greve para a próxima quarta-feira, 27 de julho, que pode provocar “atrasos e cancelamentos” nos voos da companhia aérea, avança a Lusa, que cita o sindicato Verdi, responsável pelo pré-aviso de greve.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, 25 de julho, o sindicato revela que a greve se deve a uma “disputa salarial”, uma vez que os funcionários de terra da Lufthansa reclamam aumentos salariais de 9,5%, e vai decorrer entre as 03:45 (01:45 GMT) de quarta-feira, até às 06:00 de quinta-feira (04:00 GMT), “para aumentar a pressão” sobre a administração da empresa.

Esta greve vai abranger os trabalhadores de terra da Lufthansa em várias posições, nomeadamente da manutenção, mas também os operadores de veículos de reboque de aeronaves, essenciais ao bom funcionamento do aeroporto, o que leva o sindicato a antecipar que “haverá muitos cancelamentos e atrasos”.

“A situação nos aeroportos está a deteriorar-se e os funcionários estão cada vez mais pressionados e sobrecarregados devido à grande falta de pessoal, à inflação alta e à ausência de aumentos há três anos”, explica  a dirigente sindical Christine Behle.

O impacto desta greve deverá agravar ainda mais o caos que já se vive nos aeroportos europeus e que já levou mesmo o aeroporto de Frankfurt, o principal aeroporto alemão e hub da companhia aérea, a cancelar cerca de 6.000 voos e a prever reduzir o plano de voos de forma a “estabilizar as operações aéreas”, fortemente afetadas pelas partidas para férias.

Desde o levantamento das restrições sanitárias, no início do ano, as companhias aéreas e os aeroportos têm tido dificuldades em responder ao forte aumento da procura, após dois anos de tráfego reduzido durante os quais o setor perdeu muitos funcionários.

Na Alemanha, estima-se que faltem, atualmente, mais de 7.000 funcionários no setor da aviação , de acordo com um estudo do instituto económico IW publicado no final de junho.

Companhia aérea de baixo custo mostra-se entusiasmada com a recuperação, que espera que se mantenha, caso não se registem mais “desenvolvimentos adversos ou inesperados” no resto do ano.

Entre abril e junho, a Ryanair alcançou um lucro de 170 milhões de euros, valor que compara com o prejuízo de 273 milhões de euros apresentado em igual período do ano passado, quando os pesados efeitos da COVID-19 ainda se faziam sentir.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia aérea de baixo custo revela que neste período, que para a Ryanair corresponde ao primeiro trimestre do ano fiscal de 2022, o volume de negócios  aumentou 602%, para 2,6 mil milhões de euros, uma vez que, no ano passado, este valor se ficou pelos 370 milhões de euros.

A companhia aérea destaca também que os custos acabaram por ser mais baixos do que o previsto e aumentaram 250% para 2,38 mil milhões de euros, incluindo um aumento de 560% nos custos com o combustível, que somaram cerca de mil milhões de euros.

A recuperação das contas foi também acompanhada pelo crescimento do tráfego de passageiros, que, entre abril e junho, somou 45,5 milhões de passageiros, mais 461% do que em 2021, quando a Ryanair tinha transportado 8,1 milhões de passageiros.

O load factor dos voos também apresentou uma subida expressiva de 19 pontos percentuais, fixando-se nos 92%, quando em igual período de 2021 se tinha ficado pelos 73% de ocupação.

No comunicado enviado à imprensa com os resultado do primeiro trimestre deste ano fiscal, a Ryanair lembra que o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro, afetou negativamente as reservas para a Páscoa, mas mostra-se confiante no futuro, até porque, destaca a companhia aérea, a COVID-19 parece ter ficado para trás.

“A alta taxa de vacinações na Europa permitirá que a indústria aérea e de turismo  recupere totalmente e finalmente deixe a Covid para trás”, considera a Ryanair, que lembra, no entanto, que o mercado das “viagens aéreas permanece frágil”, pelo que “qualquer recuperação dependerá enormemente de não haver desenvolvimentos adversos ou inesperados” ao longo do resto do ano.

Parceria já permitiu realizar o primeiro voo em Portugal com recurso ao SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, que ligou Lisboa a Ponta Delgada e foi operado num aparelho A321neo.

A TAP, a Galp e a ANA – Aeroporto de Portugal estabeleceram uma parceria para desenvolver e fornecer SAF – Combustível Sustentável para a Aviação, no âmbito da qual foi já realizado o primeiro voo em Portugal com este tipo de combustível, que ligou Lisboa a Ponta Delgada.

A parceria foi anunciada na passada sexta-feira, 22 de julho, e o primeiro voo com este tipo de combustível foi realizado num aparelho A321neo e incorporou 39% de matéria de origem renovável (HEFA), o que permitiu uma redução de emissões de 7,1 ton CO2eq, o que representa uma diminuição de 35% das emissões totais de CO2.

“Inaugura-se assim uma nova era da aviação em Portugal com combustíveis mais sustentáveis fornecidos pela Galp, alinhada com o enquadramento europeu em matéria de obrigatoriedade de incorporação SAF na aviação”, destaca um comunicado conjunto enviado à imprensa pela TAP, Galp e ANA – Aeroportos de Portugal.

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP; Andy Brown, CEO da Galp; e Thierry Ligonnière, CEO da ANA – Aeroportos de Portugal, assinaram a parceria, que está em “linha como o pacote climático Fit for 55 da Comissão Europeia, o qual inclui a iniciativa legislativa ‘RefuelEU Aviation’ que visa aumentar a oferta e a procura de SAF na União Europeia e a sua utilização em 2% até 2025, 5% até 2030 e 63% até 2050”.

Numa primeira fase deste protocolo, o SAF utilizado nos voos da TAP vai ser fornecido pelo operador líder na produção de combustível de aviação sustentável, a Neste, que produz o SAF a partir de matérias-primas de origem sustentável, incluindo óleo de cozinha usado e gordura animal.

O comunicado divulgado lembra que o SAF oferece “um desempenho semelhante ao dos tradicionais e pode ser utilizado nos mesmos motores que o combustível fóssil, mas com uma pegada de carbono significativamente menor, com uma redução de emissões que pode ir até 80%”, sendo que, além da descarbonização, permite também potenciar a economia circular, aumentar a independência energética e a segurança do abastecimento.

O Grupo Costa está a testar a utilização de uma mistura de biocombustível marinho, “produzido com matérias-primas 100% sustentáveis”, nas partidas de Roterdão do navio AIDAprima.

O Grupo Costa, que é membro da Carnival e conta com as marcas Costa Cruises e AIDA Cruises, anunciou que está a testar a utilização de biocombustíveis no AIDAprima, navio da AIDA Cruises, que já está a navegar com uma mistura de biocombustível marinho, “produzido com matérias-primas 100% sustentáveis”.

Num comunicado enviado à imprensa, o grupo de companhias de cruzeiros explica que este tipo de combustível está a ser utilizado durante as escalas do navio em Roterdão, ao abrigo de uma parceria de longo prazo com a GoodFuels, empresa holandesa pioneira em biocombustíveis.

“O atual projeto representa um marco importante na estratégia de descarbonização do Grupo Costa, que inclui testes a tecnologias e processos para melhorar a eficiência da frota existente”, destaca o comunicado divulgado esta segunda-feira, 25 de julho, pelo grupo de companhias de cruzeiro.

O Grupo Costa diz, no entanto, que a utilização em larga escala destes tipos de combustíveis está dependente da produção, uma vez que só poderão ser utilizados se se tornarem “amplamente disponíveis numa escala industrial e a preços comercializáveis”.

O Grupo Costa lembra que já tinha testado a utilização de biocombustíveis regenerados em motores a diesel marinho em conjunto com parceiros de investigação da Universidade de Rostock, assinalando agora o primeiro lançamento em operações regulares de navios.

Além da utilização de biocombustível, o Grupo Costa anunciou ainda a instalação da primeira célula de combustível a bordo do AIDAnova e o comissionamento do que é atualmente o maior sistema de armazenamento de baterias em navios de cruzeiro com capacidade de dez megawatts-hora a bordo do AIDAprima, passos que estão a ser dados ao mesmo tempo que o grupo aposta “na expansão e aumento da utilização de energia em terra nos portos onde a infraestrutura já está disponível”.

“Com estas medidas de curto, médio e longo prazo, o Grupo Costa está a contribuir de forma ativa para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e os objetivos de descarbonização do Pacto Verde Europeu”, lê-se na informação divulgada.

O Grupo Costa foi também o primeiro a introduzir a propulsão a GNL em quatro dos seus navios, a mais avançada tecnologia de combustível disponível para reduzir as emissões, e tem também a maioria dos navios da sua frota equipada com recursos de energia em terra para garantir emissões zero nos portos, onde esta tecnologia está disponível.

Recorde-se que o AIDAprima está, atualmente, a navegar pela Ocidental e Noruega, realizando viagens de sete dias com partida e chegada a Hamburgo, na Alemanha.

As recentes disrupções registadas em vários aeroportos impactou as reservas para os voos em julho-agosto. Amsterdão e Londres lideram as quebras que, também, afetam as viagens para Lisboa.

Os cancelamentos de milhares de voos por todo o mundo levaram a uma redução de 14,3 milhões de lugares, correspondendo a uma quebra global de 4%, avança a ForwardKeys com base na análise que tem vindo a realizar e que tem em conta os meses de julho e agosto de 2022 comparado com maio deste ano.

O continente mais afetado, em termos relativos, é a Ásia-Pacífico, com uma redução de 10%, o que equivale a menos 4,6 milhões de lugares nos voos internacionais. Em termos absolutos, contudo, é o continente europeu o mais impactado, avançando a consultora com uma quebra de 9 milhões de lugares, correspondendo a uma descida de 5% na capacidade.

As Américas registam um decréscimo de 1 milhão de lugares, o que significa menos 2%, enquanto a África e Médio Oriente é a única região a que são apontados crescimentos, nomeadamente, mais 255 mil lugares e 1% de subida na capacidade.

Amsterdão e Londres lideram quebras Olhando em detalhe para a realidade europeia, a ForwardKeys refere que a capacidade intra-europeia reservada registou uma quebra de 5% em todo o continente, com os Países Baixos e o Reino Unido a assinalar as maiores quebras, com menos 8% e 7%, respetivamente. Nestes dois países, e analisando a disrupção no tráfego aéreo, Londres registou uma variação negativa, em termos de capacidade de lugares, superior a um milhão (-8%), enquanto Amsterdão assinala uma variação maior (-11%), mas somente 541 mil lugares a menos.

Seguem-se Milão (-8% e uma quebra de 259 mil lugares), Frankfurt (-7% e uma quebra de 253 mil lugares), Istambul (-6% e uma quebra de 269 lugares).

Por companhias aéreas, os dados indicam uma redução maior nas companhias de bandeira (-6%) do que as lowcost (-5%), verificando-se que é a easyJet a registar a maior quebra no número de lugares (-1,4 milhões de lugares e uma variação de -9%). Em termos de variação, no entanto, foi a British Airways a mais impactada (-13% e menos 700 mil lugares).

Consumidor menos confiante Já a reação dos consumidores mostra uma quebra na confiança dos mesmos, tendo iniciado na última semana de maio e que rapidamente piorou, com as reservas de última hora, até à semana de 10 de julho, a cair 44% quando comparado com os níveis de 2019. As reservas de Amsterdão e Londres, por exemplo, caíram 59% e 41%, respetivamente.

O nível recente de disrupção nos horários dos viajantes é ilustrado por um salto na proporção de viagens parcialmente canceladas e modificações no total de reservas. De 30 de maio a 10 de julho, quase triplicou de 13% antes da pandemia (em 2019) para 36% neste verão, demonstrando o grave impacto da disrupção do tráfego aéreo na confiança do consumidor.

O colapso das reservas de última hora e o aumento dos cancelamentos e alterações está a ter um impacto negativo significativo nas perspectivas da indústria de viagens para o verão. Em 30 de maio, o total de reservas de voos intra-europeus para julho e agosto estava 17% abaixo dos níveis de 2019. No entanto, sete semanas mais tarde, em 11 de julho, estavam 22% abaixo, correspondendo a uma desaceleração de 5 pontos percentuais.

Mais uma vez, a desaceleração relativa foi muito pior para Amsterdão e Londres. No final de maio, as reservas para o período de julho-agosto estavam 9% abaixo dos níveis de 2019 em Amsterdão, enquanto Londres registava uma subida de 9% à frente. Desde então, as reservas em ambos os casos caíram 22% e 2%, respetivamente, o que equivale a uma desaceleração de 13 pontos percentuais nas reservas de Amsterdão e de 11 pontos percentuais no caso de Londres.

Voos para Lisboa afetados Lisboa figura entre os destinos mais afetados com o cancelamento de reservas, com partidas de Amsterdão e Londres. Se no caso da cidade neerlandesa as quebras nas partidas com destino a Lisboa são de 18%, já de Londres, a redução é menor e fixa-se nos 7%. Isto porque, nas reservas para julho-agosto, até maio de 2022, estas estavam 49% acima dos níveis de 2019, ficando somente 31% acima na semana até 11 de julho. Já no caso londrino, a análise da ForwardKeys indica uma quebra de 4% no primeiro período e de -11% no segundo.

Para Olivier Ponti, vice-presidente de Insights da ForwardKeys, estes dados podem ser analisandos tanto “do lado positivo como negativo”. Ou seja, do lado positivo, o responsável indica a “forte retoma na procura depois da pandemia”. Contudo, Ponti refere que “a retoma foi “tão forte que os aeroportos têm dificuldade em dar resposta”.

Embora considere que os aeroportos irão conseguir enfrentar o desafio dos recursos humanos, ou melhor, a falta deles, é possível identificar já “algumas tendências preocupantes”.

“Desde logo, o aumento do preço dos combustíveis, em muito causado pela guerra na Ucrânia, irá fazer subir os preços dos voos”, diz Ponti. Além disso, o responsável da ForwardKeys refere ainda a “inflação, também consequência da guerra, como um fator que fará com que os turistas possuam menos capacidade financeira para viajar”. Em terceiro lugar, Ponti aponta que “o crescente nível de disrupção parece estar a afetar a procura, sendo possível verificar um arrefecimento nas buscas efetuadas na Internet por voos e reservas, ao mesmo tempo que se regista um aumento nos cancelamentos”, conclui.